A Perfect World Foundation, uma organização sueca sem fins lucrativos voltada para a conservação da vida selvagem, fez um anúncio importante ao revelar que Paul Watson foi selecionado para receber o prêmio The Perfect World Foundation Award em 2025. Embora essa honra seja significativa, o renomado conservacionista marinho se encontra atualmente detido em Nuuk, a capital da Groenlândia.
Aos 73 anos, Paul Watson é conhecido por ter fundado as influentes organizações ambientais Greenpeace, Sea Shepherd e Captain Paul Watson Foundation. Ele agora se junta a um distinto grupo de laureados, como David Attenborough, Jane Goodall e Sílvia Earle, que são reconhecidos por suas valiosas contribuições à conservação da vida marinha. Com mais de cinquenta anos de ativismo, Watson tem liderado campanhas globais focadas na proteção dos oceanos e na luta contra a pesca ilegal, firmando sua posição como uma das maiores vozes na conservação marinha.
Conhecido como capitão Paul Watson, ele tem uma longa e respeitável trajetória na luta contra a caça de baleias. É em decorrência de suas ações que ele foi preso no dia 21 de julho pela Dinamarca, que exerce soberania sobre a Groenlândia, em resposta a um pedido do governo japonês. Em uma carta manuscrita, Watson expressou seu agradecimento pelo prêmio recebido:
“Receber o prêmio The Perfect World Foundation é um imenso privilégio. Estar entre os ganhadores desse prêmio junto a meus heróis, como Dian Fossey, Dra. Jane Goodall, Dra. Sylvia Earle e Dr. Richard Leakey, é a melhor notícia que poderia ouvir enquanto estou preso na Groenlândia, sendo punido por lutar e salvar baleias contra as operações de caça ilegal da frota japonesa no Santuário de Baleias do Oceano Antártico”, declarou.
Watson será o 12º laureado do prêmio The Perfect World Foundation, e embora ainda não tenha sido marcada uma data para a cerimônia de entrega, se ele não puder comparecer, seu principal apoiador, John Paul DeJoria — um empresário bilionário, filantropo e cofundador da John Paul Mitchell Systems e da tequila Patron — receberá o prêmio em sua ausência.
Desenvolvimentos no caso de Paul Watson
O reconhecimento por meio desse prêmio pode ajudar a reavivar esforços pela libertação de Watson. Na última quarta-feira (2), houve uma nova audiência sobre seu caso e, de acordo com a ONG Sea Shepherd, o juiz decidiu não revisar as evidências apresentadas pela defesa de Paul e não as incluiu no processo. Além disso, o magistrado declarou que as provas apresentadas pela parte do Japão são suficientes para considerar a extradição. Se extraditado, ele poderá enfrentar uma longa pena de prisão, pois o tempo máximo de detenção no Japão pode chegar a 15 anos. Considerando a sua idade de 73 anos, essa decisão poderia ser vista como uma sentença de morte.
A próxima audiência está agendada para o dia 23 de outubro. Enquanto isso, várias figuras públicas, incluindo brasileiras, têm se mobilizado em favor de sua libertação. Com o apoio do movimento #FreePaulWatson, um abaixo-assinado online já juntou mais de 37 mil assinaturas exigindo sua liberdade. O documento está sendo direcionado ao governo dinamarquês.
