Nova espécie de árvore é descoberta em SP
O final do verão é invadido por tons intensos de rosa e roxo em diversas cidades do Brasil graças à florada das quaresmeiras e dos manacás-da-serra, espécies de plantas muito presentes na arborização de centros urbanos. Inclusive, o nome popular da quaresmeira foi dado devido às flores desabrocharem nesta época do ano, que antecede a Páscoa e sucede ao Carnaval.
De copa arredondada, com folhas verde-escuras e carregadas com flores roxas ou rosadas, essas árvores apresentam um porte pequeno a médio, chegando até 12 metros de altura, e pertencem a espécies do gênero Pleroma. Apesar de nativas de florestas úmidas, elas atualmente podem ser encontradas em todo o país, devido à popularização do cultivo e a sua capacidade de tolerância à poluição.
Em setembro de 2023, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Federal do Paraná (UFPR) descreveram uma nova espécie de Pleroma, encontrada no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar, localizado, em parte, no município de São Paulo.
O exemplar foi coletado em fevereiro de 2012 e o pesquisador Fabrício Schmitz Meyer, atualmente em pós-doutorado na UFPR e especialista nesse gênero de planta, levou mais de dez anos para estudá-lo detalhadamente e chegar à conclusão que se tratava de uma nova espécie. A descoberta foi publicada na revista de taxonomia botânica Phytotaxa.
Em homenagem ao Núcleo Curucutu, do Parque Estadual da Serra do Mar, único local de ocorrência da espécie conhecido até o momento, a planta foi batizada de Pleroma curucutuense.
“A espécie só foi apanhada em campos de altitude próximos da sede do parque, mas estas formações se estendem mais a leste e a sul nas cristas mais altas desta porção da Serra do Mar. Assim, suspeitamos que existam mais populações da espécie em áreas insuficientemente amostradas dentro do próprio parque e, quanto maiores forem as populações, menos risco ela corre”, avalia o autor do artigo.
O fato de a espécie ser endêmica apenas da região do parque pode significar que há risco de extinção, devido a sua distribuição restrita. Os pesquisadores acreditam não ser provável que exemplares da planta sejam encontrados fora desta área, mas que é possível que ela esteja amplamente distribuída dentro do próprio núcleo em que foi coletada.
Embora cada novo táxon descoberto represente um incremento do conhecimento sobre a biodiversidade, o fato de encontrar uma espécie inédita próxima a grandes núcleos urbanos é um dos aspectos considerados mais interessante da pesquisa.
“Chama atenção que uma espécie, até então desconhecida, seja reconhecida como nova no município de São Paulo, que inclui uma das maiores áreas urbanas do mundo e a maior da América do Sul, comportando milhões de pessoas. É impressionante que uma cidade desse porte ainda tenha áreas naturais com flora não totalmente conhecida”, assegura Goldenberg.
O Parque Estadual da Serra do Mar abrange parte de 23 municípios, indo da divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro até Itariri, no sul do estado paulista e cobrindo toda a região serrana e arredores da Serra do Mar. A área de preservação possui uma vegetação bastante rica, com pelo menos 512 espécies nativas já inventariadas em seus campos de altitude.
O Núcleo Curucutu, local onde P. curucutuense foi coletada, está localizado entre a região metropolitana da baixada santista e a grande São Paulo.
Fonte: Guia Região dos Lagos
A Quaresmeira é uma árvore nativa do Brasil, raramente encontrada fora do país. Ela desabrocha no final do verão, trazendo tons intensos de rosa e roxo para diversas cidades do Brasil. As quaresmeiras são muito populares na arborização dos centros urbanos e recebem esse nome porque suas flores desabrocham nesta época do ano, entre o Carnaval e a Páscoa.
Com copa arredondada e folhas verde-escuras, as quaresmeiras apresentam flores roxas ou rosadas. Elas têm um porte pequeno a médio, chegando até 12 metros de altura, e pertencem ao gênero Pleroma. Apesar de serem nativas de florestas úmidas, atualmente podem ser encontradas em todo o país devido à popularização do cultivo e à capacidade de tolerância à poluição.
Em setembro de 2023, pesquisadores da Universidade Federal do Paraná descobriram uma nova espécie de Pleroma no Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar, localizado em parte no município de São Paulo. O exemplar foi coletado em fevereiro de 2012 e levou mais de dez anos para ser estudado e identificado como uma nova espécie. A descoberta foi publicada na revista Phytotaxa.
Em homenagem ao Núcleo Curucutu, a nova espécie foi chamada de Pleroma curucutuense. Ela é endêmica da região do Parque Estadual da Serra do Mar e corre risco de extinção devido à sua distribuição restrita. Acredita-se que existam mais populações da espécie dentro do próprio parque, especialmente em áreas ainda pouco estudadas.
A descoberta de uma nova espécie de árvore próximo a grandes núcleos urbanos, como São Paulo, é considerada bastante interessante pelos pesquisadores. Mostra que mesmo em uma das maiores áreas urbanas do mundo, ainda é possível encontrar flora não totalmente conhecida.
O Parque Estadual da Serra do Mar abrange parte de 23 municípios e possui uma vegetação rica, com mais de 512 espécies nativas. O Núcleo Curucutu está localizado entre a região metropolitana da baixada santista e a grande São Paulo.
Essa descoberta ressalta a importância da preservação de áreas naturais e o estudo da biodiversidade. Cada nova espécie descoberta contribui para o conhecimento científico e destaca a necessidade de proteção desses ambientes. A flora brasileira é rica e possui muitas espécies ainda desconhecidas, mesmo em grandes centros urbanos.
As quaresmeiras e os manacás-da-serra trazem um colorido especial para as cidades brasileiras no final do verão e são exemplos da beleza e diversidade da flora do país. É importante valorizar e conservar essas plantas, garantindo sua preservação para as futuras gerações.