Dançar é uma das expressões artísticas mais antigas da humanidade e, segundo um novo estudo, pode ser mais eficaz para a saúde mental do que diversos outros tipos de atividade física. Realizada por pesquisadores de universidades australianas, a pesquisa analisou a relação entre a dança e a saúde psicológica e cognitiva.
O estudo incluiu participantes de diferentes faixas etárias, variando de 7 a 85 anos, alguns saudáveis e outros com doenças crônicas como doença de Parkinson, insuficiência cardíaca, paralisia cerebral e fibromialgia. Diversos gêneros de dança foram considerados, incluindo dança teatral, dança aeróbica, formas de dança tradicional e dança social. Além disso, as danças foram comparadas a uma série de outras atividades físicas, como esportes coletivos, artes marciais, caminhada e musculação.
Os resultados mostraram que a dança, de qualquer gênero, é geralmente igual ou mais eficaz do que outros tipos de atividade física para melhorar uma série de resultados psicológicos e cognitivos. Isso inclui bem-estar emocional, depressão, motivação, cognição social e alguns aspectos da memória. Essas descobertas foram observadas não apenas em adultos mais velhos, mas também em populações mais jovens e em pessoas com condições clínicas.
Acredita-se que aprender sequências de dança possa desafiar a cognição, a dança em parceria ou em grupo pode beneficiar as interações sociais, e o aspecto artístico pode melhorar o bem-estar psicológico. Além disso, a dança é uma atividade física agradável e mais fácil de manter em comparação com exercícios convencionais como correr ou ir à academia.
É interessante notar que, embora os gêneros de dança que exigem um parceiro ou parceira tenham benefícios sociais, estudos mostram que dançar sozinho também contribui para a saúde psicológica. Isso inclui danças aeróbicas e dança moderna, por exemplo.
Outro aspecto importante é o impacto da dança na capacidade cognitiva. Embora a maioria dos estudos tenha focado em participantes com 55 anos ou mais, foi observado que a dança é mais eficaz do que outros exercícios na diminuição do impacto da somatização, que é a expressão do sofrimento psicológico como sintomas físicos. No entanto, há menos evidências em relação a pessoas com menos de 16 anos.
O estudo ressalta a importância da dança como uma forma de atividade física que pode trazer benefícios não apenas para o corpo, mas também para a mente. Além disso, é uma opção mais acessível e prazerosa para muitas pessoas em comparação com outros exercícios.
As descobertas desta pesquisa podem ser utilizadas para incentivar a prática da dança como uma forma de cuidar da saúde mental. Afinal, dançar não apenas proporciona prazer e diversão, mas também traz benefícios significativos para o bem-estar emocional e cognitivo. Portanto, não há motivo para não aproveitar essa atividade tão antiga e universal como uma forma de cuidar de si mesmo.