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Como os EUA planejam ganhar a corrida da IA? O que o Brasil tem a ver com isso?

Carlos Affonso Souza

Plano dos EUA para Dominância em Inteligência Artificial Ganha Impulso

O governo dos Estados Unidos está intensificando seus esforços para se posicionar na vanguarda global da inteligência artificial (IA). O plano de ação é sustentado por três pilares estratégicos: promoção da inovação, infraestrutura robusta e liderança em segurança e diplomacia internacional. Este conjunto de medidas busca consolidar o poder dos Estados Unidos no cenário da IA, com ações concretas que já estão sendo implementadas desde o início do segundo mandato de Donald Trump.

Inovação com Menos Regulação

O primeiro pilar centra-se na inovação, adotando uma abordagem de desregulamentação agressiva. A revogação da ordem executiva de Joe Biden, que previa o desenvolvimento seguro e confiável da IA, marca um ponto de inflexão. Agora, a administração defende que uma menor regulamentação impulsionará a competitividade. Há, contudo, um destaque significativo na decisão de remover de documentos técnicos federais menções a temas considerados como desinformação, diversidade, equidade, inclusão e mudanças climáticas, sob a justificativa de resguardar a liberdade de expressão e afastar influências ideológicas dos modelos de IA.

Essa postura levanta um debate crucial. Ao reconhecer implicitamente que a IA se tornou central na mediação do discurso público, surge a questão: até que ponto a regularização desses sistemas influencia diretamente os limites da liberdade de expressão? Com o avanço e a utilização crescente de IAs para redação de textos, argumentos, arte e educação, os limites impostos a essas ferramentas definem, de forma sutil mas poderosa, o alcance da expressão digital.

Integração da IA na Economia e na Sociedade

O plano também prevê a integração da IA em larga escala na vida produtiva e institucional dos Estados Unidos. A premissa é que essa tecnologia não só gerará novos empregos como também aumentará a competitividade do país. Para tal, estão planejados centros de testes regulatórios em setores como saúde e agricultura, além de programas de requalificação para trabalhadores impactados pela automação.

O segundo pilar, de igual importância, trata da infraestrutura necessária para suportar essas inovações. A construção de mais data centers, o aumento na capacidade energética, a produção de semicondutores e a formação técnica são partes essenciais da estratégia. A proposta inclui a simplificação de licenças ambientais, a liberação de terras federais para novas construções e o investimento em uma força de trabalho técnica, como eletricistas e operadores de redes.

Diplomacia e Segurança Internacional

O último pilar se volta para a liderança em diplomacia e segurança internacional no contexto da IA. Os Estados Unidos buscam se afirmar como líderes globais nesse campo, estabelecendo padrões e colaborando em iniciativas internacionais que garantam um uso seguro e eficaz da inteligência artificial.

Em suma, o plano norte-americano visa não só desenvolver a IA no nível tecnológico, mas também implementá-la de maneira abrangente e eficiente em toda a sociedade e economia. Com isso, os Estados Unidos esperam não apenas manter sua liderança tecnológica, mas também moldar o futuro da inteligência artificial de maneira que reflita seus interesses e valores nacionais.

Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/colunas/carlos-affonso-de-souza/2025/07/28/como-eua-pretendem-vencer-corrida-da-ia-e-o-que-o-brasil-tem-a-ver-com-isso.htm)

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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