Cientistas do Brasil desenvolvem primeiro coral em laboratório

coral de proveta

Pesquisadores brasileiros conseguiram gerar, pela primeira vez no país, um coral in vitro. A conquista foi feita através do congelamento de espermatozoides e inseminação artificial. O projeto, apoiado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, pode contribuir para a sobrevivência dos recifes de corais no litoral brasileiro.

coral de proveta

Os recifes de corais têm sido ameaçados por problemas como a poluição e o aquecimento global. A Unesco estima que metade dos recifes de corais no mundo tenha desaparecido nos últimos anos e que as mudanças climáticas podem levar à sua extinção até o final deste século.

A pesquisa liderada pelo zootecnista Leandro Godoy, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, desenvolveu um método para gerar corais in vitro da espécie Mussismilia harttii em laboratório. Essa espécie é encontrada apenas no litoral brasileiro.

coral de proveta banco de semen

O processo envolveu a coleta de colônias de coral no Parque Marinho do Recife de Fora, na Bahia, e o estudo da fisiologia dos espermatozoides e óvulos da espécie. Os cientistas conseguiram congelar os espermatozoides por dois anos e meio e, após descongelamento, eles foram utilizados para fertilizar os óvulos em laboratório.

A taxa de fertilização in vitro foi de 100% e as larvas de coral se fixaram em azulejos posicionados em um aquário. A pesquisa mostra resultados promissores para a preservação e repovoamento dos recifes de corais no litoral brasileiro.

Os recifes de corais são ecossistemas importantes tanto para a biodiversidade quanto para a economia. Eles abrigam diversas espécies de peixes e são atrativos turísticos, movimentando bilhões de reais em diversas regiões do Brasil.

A pesquisa brasileira de reprodução de corais in vitro é pioneira no país e pode ajudar a preservar e recuperar os recifes ameaçados pelos impactos do aquecimento global e da poluição. Além disso, o método desenvolvido pode servir como base para futuros estudos e contribuir para a proteção de outras espécies em risco de extinção.

Ajude-nos e avalie esta notícia.

Use os botões abaixo para compartilhar este conteúdo:

Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp
[wilcity_before_footer_shortcode]