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Premiação Para Mulheres na Ciência: Reconhecimento e Incentivo à Participação Feminina na Ciência
Desde sua criação em 2006, o prêmio Para Mulheres na Ciência tem se dedicado a promover a igualdade de gênero e fomentar a inclusão feminina nas ciências. Essa iniciativa é uma colaboração entre o Grupo L’Oréal, a UNESCO e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), e anualmente premia sete brasileiras cujos projetos científicos abrangem diversas áreas, como Ciência Física, Química, Matemática e Ciências da Vida.
Nos últimos 19 anos, mais de 120 mulheres pesquisadoras foram agraciadas, e neste ano, novas vencedoras foram reconhecidas: Larissa Ávila, Raquel Aparecida, Carolina Benone, Marcela Fonseca, Fernanda Soares, Luisa Brant e Manuela Sales.
A cerimonia de premiação de 2024 teve lugar no final de novembro, proporcionando a cada uma das vencedoras uma bolsa no valor de R$ 50 mil. O evento foi realizado no hotel Fairmont, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de figuras proeminentes, como Marcelo Zimet, CEO do L’Oréal Brasil, Helena Nader, presidente da ABC, e Fábio Eon, da UNESCO.
Segundo Marcelo Zimet, o Para Mulheres na Ciência integra um programa mundial que anualmente reconhece mais de 350 jovens cientistas em 110 países, por meio de iniciativas tanto regionais como nacionais. No Brasil, esse programa já investiu mais de R$6 milhões em pesquisas científicas.
Fábio Eon, por sua vez, destacou que ainda existem grandes desigualdades no acesso ao avanço científico. Ele enfatizou a importância da luta contra a desigualdade de gênero na ciência, como um modo de incentivar mais meninas e mulheres a se inserirem nas carreiras científicas.
O Impacto dos Projetos Premiando por Em 2024
Helena Nader afirmou que o programa é uma experiência enriquecedora, permitindo observar a evolução dos projetos ao longo dos anos. Ela mencionou que, embora somente sete mulheres tenham sido premiadas em 2024, muitas outras com projetos notáveis também merecem reconhecimento, reafirmando a necessidade de ampliar as oportunidades para que mais mulheres brilhem na ciência.
Projetos Distintos e Impactantes
Entre os projetos premiados deste ano, destaca-se a pesquisa da professora Carolina Loureiro Benone, da Universidade Federal do Pará, que visa estudar buracos negros “cabeludos” e suas características. Segundo ela, a intenção é aprofundar o conhecimento sobre esses astros na presença de matéria, abrindo portas para a possível observação deles no futuro.
Outra pesquisa significativa é a de Marcele Fonseca Passos, também da Universidade Federal do Pará, que busca alternativas para tratar infecções bacterianas em feridas, como a leishmaniose cutânea. Ela explora o uso de nanotecnologia e bioimpressão 3D para desenvolver curativos tridimensionais que imitam tecidos biológicos, permitindo a liberação controlada de medicamentos nas feridas.
Marcele destaca que sua pesquisa se baseia na exploração sustentável dos recursos naturais, respeitando as comunidades locais e incorporando saberes tradicionais nas investigações médicas. Ela expressa sua expectativa de que essa inovação possa melhorar significativamente o tratamento da leishmaniose e de outras doenças negligenciadas, oferecendo acesso através do Sistema Único de Saúde.
Lárissa Ávila Matos, graduada em estatística pela Universidade Estadual de Campinas, dedica-se ao desenvolvimento de métodos estatísticos que abordem limitações nos dados, como informações ausentes ou distorcidas. Essa pesquisa é relevante, especialmente em contextos médicos, onde a precisão dos dados é crucial para decisões clínicas eficazes.
A bióloga Raquel Aparecida Moreira, formada pela Universidade Federal de Ouro Preto, investiga o impacto de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos em organismos aquáticos. Ela propõe que esses medicamentos, assim como afetam o comportamento humano, podem alterar o comportamento de peixes e crustáceos, incluindo suas reações a predadores.
Manuela Sales Lima Nascimento, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, também premiada na área de Ciências da Vida, foca sua pesquisa nas infecções congênitas causadas pela sífilis e toxoplasmose, buscando evaluate o impacto dessas infecções no sistema imunológico dos recém-nascidos.
Em adição, Luisa Campos Caldeira Brant investiga a implementação de aplicativos móveis para o acompanhamento de saúde pós-alta hospitalar, especialmente voltado para doenças cardiovasculares. Depois de contribuir para um projeto nos Estados Unidos, ela adapta a metodologia ao contexto brasileiro, sugerindo dietas e atividades físicas adequadas à realidade local.
Por fim, a pesquisa liderada por Fernanda Rodrigues Soares da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, objetiva o desenvolvimento de um teste genético adaptado à população brasileira. O foco é orientar o tratamento de pacientes com doença coronariana. Esta iniciativa busca identificar a eficácia do clopidogrel, especialmente após procedimentos de angioplastia, utilizando dados clínicos e genéticos de pelo menos 500 pacientes.
Com essas pesquisas inovadoras, as vencedoras do prêmio não apenas avançam em suas respectivas áreas, mas também contribuem para a construção de um futuro mais equitativo e inclusivo na ciência.
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