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Localizada em uma colina acidentada de 500 metros de altura, esta moderna cabana se funde harmoniosamente com o entorno de pinheiros e pedras, proporcionando uma deslumbrante vista panorâmica do vale Laurentian, no Canadá. Desenvolvido para um casal, o projeto busca oferecer um refúgio que valoriza a tranquilidade, a durabilidade e a praticidade na manutenção. As intervenções arquitetônicas do Atelier Schwimmer refletem essas intenções, tanto em termos físicos quanto psicológicos, através de sua forma, materiais e arranjos espaciais.
Idealizado como um abrigo protegido na floresta, o chalé apresenta uma fachada que se volta para longe da estrada e dos ventos predominantes, adotando uma abordagem introspectiva que prioriza a privacidade. O telhado em balanço se estende sobre a ampla fachada envidraçada, ajudando a controlar o ganho de calor solar e mantendo a conexão contínua com a paisagem ao redor.
A linguagem arquitetônica é caracterizada pela contenção e precisão, onde uma forma que aparenta ser austera revela, na verdade, uma experiência espacial refinada que está em sintonia com seu ambiente.
Materiais e Sustentabilidade
A escolha dos materiais utilizados no projeto garante durabilidade e harmonia com o ambiente natural. O revestimento vertical em aço envelhecido, as estruturas em cedro branco e o piso de concreto encerado estabelecem um diálogo sensorial entre os espaços construídos e o entorno. Com o passar do tempo, a pátina do aço passa de um laranja forte a um tom marrom profundo, alinhando-se aos matizes sazonais do ambiente, como a neve, as rochas e a vegetação, e reforçando a presença duradoura da construção.
Concepção Espacial e Design Sustentável
A estrutura é projetada em um único nível, facilitando a acessibilidade a longo prazo, seguindo uma lógica clara que promove a privacidade e a abertura. A fachada monolítica de aço proporciona excelente isolamento para a casa autossuficiente, enquanto amplas janelas maximizaram a entrada de luz natural nos quartos e na sala de estar, criando um contraste entre áreas de abrigo e de exposição. A variação sutil na altura do teto marca as mudanças entre os espaços íntimos e sociais, promovendo uma sensação de continuidade.
Os fundamentos da casa passiva guiam a concepção do projeto, que assegura eficácia térmica e resiliência. A orientação sul maximiza a captação solar no inverno, enquanto uma saliência está estrategicamente posicionada para controlar o superaquecimento no verão. A massa térmica do piso de concreto acumula e libera calor gradualmente, contribuindo para o conforto dos moradores.
A parte norte da estrutura, altamente isolada, atua como um escudo contra as intempéries, enquanto uma barreira de vapor inteligente que se adapta às mudanças higrotérmicas otimiza o desempenho do edifício.
Autossuficiência da Estrutura
A cabana é provida de uma infraestrutura que garante sua autossuficiência, apresentando um sistema autônomo de purificação de água, um poço artesiano para abastecimento e uma fossa séptica com um campo de drenagem que funciona por gravidade. A energia elétrica é fornecida pela rede hidrelétrica, minimizando a pegada ambiental da construção.
Este projeto estabelece uma conversa intrincada entre a arquitetura e a paisagem, onde formas, materiais e orientações se combinam para oferecer um refúgio resistente e sensível ao contexto em que está inserido. Este chalé se destaca como uma celebração de uma filosofia de design que valoriza a durabilidade, a integração harmoniosa e a beleza que evolui com o tempo dos materiais naturais.
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