Cabo Frio: UPA fecha de novo após disputa salarial; UPG do HMOCS sem médico

MPRJ garante decisão liminar para retomada imediata dos serviços de saúde em Cabo Frio — RC24H

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Crise na Saúde em Cabo Frio se Agrava com Fechamento da UPA

A situação da saúde pública na continua a se deteriorar. Na madrugada da última quinta-feira (19), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Burle foi fechada mais uma vez, deixando a população sem acesso ao atendimento urgente e trazendo preocupação aos municípios vizinhos.

A decisão de interromper as atividades da UPA foi resultado de uma reunião realizada entre os médicos, trabalhadores da saúde e o Secretário de Saúde, Bruno Alpacino, na quarta-feira (18). O principal assunto da reunião foi a questão dos salários pendentes e o não pagamento do 13º salário, uma preocupação que já se arrasta há algum tempo.

Frente à falta de pagamento e ao descumprimento de promessas feitas, os profissionais de saúde decidiram estabelecer um ultimato: se a situação não fosse resolvida, a UPA teria que ser fechada. Essa ameaça se concretizou nas primeiras horas da quinta-feira, com a unidade suspensa de todas as suas operações, incluindo o atendimento a novos pacientes na sala vermelha, que já se encontrava superlotada com casos graves.

Além disso, a Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos (HMOCS), situado no bairro Jardim Esperança, está sem um plantonista e sem atividades regulares, o que agrava ainda mais a crise na saúde pública de .

A nova paralisação da UPA do Parque Burle afeta diretamente os moradores da cidade e os habitantes das cidades vizinhas. Na semana anterior, houve uma interrupção em toda a rede de saúde de , provocando um aumento significativo na demanda por serviços médicos nas localidades adjacentes, sobrecarregando ainda mais seus sistemas de saúde já fragilizados.

Com a nova interrupção, a situação tende a piorar, especialmente considerando a aproximação da alta temporada, quando atrai um grande número de turistas. A ausência de atendimento tanto na UPA quanto na UPG pode provocar um colapso ainda maior no sistema de saúde da região, colocando em risco a vida de diversos pacientes.

Em resposta à reportagem, a administração municipal de Cabo Frio divulgou que os atendimentos de emergência e urgência estão sendo realizados em outras unidades, como o Hospital Central de Emergências (HCE), localizado em São Cristóvão, HMOCS no Jardim Esperança, Hospital Municipal da Mulher e na UPA de Tamoios.

Com relação ao pagamento do 13º salário dos trabalhadores, a Prefeitura garantiu que a previsão é de que o mesmo seja realizado nesta sexta-feira (20).

Sobre a situação da Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Hospital Municipal Otime Cardoso, a administração municipal afirmou que “a unidade está em funcionamento e atendendo pacientes cujos quadros clínicos demandam cuidados específicos da unidade”.

Os profissionais da saúde, por sua vez, afirmam que não retornarão ao trabalho até que os salários pendentes sejam quitados. Para eles, a falta de pagamentos está comprometendo a qualidade do atendimento prestado e a saúde dos pacientes que necessitam de assistência médica.

O cenário que se desenha em Cabo Frio é preocupante e reflete uma crise mais profunda no sistema de saúde pública, que vem sendo discutida há meses. Enquanto as condições de trabalho e os direitos dos trabalhadores da saúde não forem atendidos, a população local continuará a sofrer com as consequências.

Com o fechamento da UPA, as alternativas para atendimento ficam limitadas, o que aumenta a pressão sobre as unidades de saúde que permanecem em funcionamento. A gestão municipal precisa encontrar soluções eficazes para enfrentar essa crise, garantindo que a população tenha acesso a cuidados médicos essenciais, especialmente em um período em que a demanda tende a aumentar significativamente devido ao turismo.

A busca por uma resolução para esta situação crítica é urgentemente necessária, e a responsabilidade recai não apenas sobre gestores e autoridades, mas também sobre a necessidade de diálogo contínuo com os profissionais da saúde, que lutam para garantir tanto seus direitos quanto a saúde da população que atendem diariamente.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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