A população de Cabo Frio, no bairro Peró, ficou revoltada com a instalação de um parque de diversões na Praça do Moinho. Segundo denúncias, o espaço público foi basicamente privatizado para a montagem do parque. A situação causou revolta entre os moradores, que agora precisam passar por cima dos bancos para caminhar pelo local. A praça do Moinho é a única do bairro em boas condições e costuma receber milhares de pessoas, especialmente à noite. Com a chegada das férias escolares e do verão, o número de visitantes tende a aumentar.
O fato de um parque de diversões ter sido instalado em um espaço público durante esse período causou estranheza. A situação levantou dúvidas sobre quem seria o responsável pela instalação do parque, com boatos de que pertenceria à prefeitura ou à prefeita Magdala Furtado. No entanto, tanto a prefeitura quanto a prefeita negaram qualquer envolvimento com o parque.
Além disso, os moradores denunciaram o fato de os brinquedos do parque serem velhos e perigosos. Um exemplo mencionado foi a roda gigante, que está sendo sustentada por ripas de madeira. Durante a montagem, os funcionários não utilizaram equipamentos de segurança adequados, o que também causou preocupação.
A população questionou qual interesse foi defendido com a montagem do parque, já que ambulantes e artesãos perderam espaço na praça e as crianças agora têm que pagar para brincar. A situação levantou revolta entre os moradores, que se sentiram excluídos do espaço que antes era destinado ao lazer gratuito.
Representantes da prefeitura estiveram no local para investigar a situação. Um grupo de homens tentou intimidar a jornalista que estava cobrindo o acontecimento para evitar que os fatos fossem apurados. A situação gerou críticas à prefeitura, que havia concedido alvará de funcionamento para o parque em uma área pública, que é o único lugar de lazer dos moradores do bairro.
Após receber inúmeras denúncias, o presidente da Câmara de Cabo Frio, Miguel Alencar, enviou um ofício para a prefeitura e para o Corpo de Bombeiros para entender como a autorização para a instalação do parque foi concedida. Ele destacou a preocupação com a segurança dos brinquedos, como a roda gigante sustentada por ripas de madeira.
A prefeitura de Cabo Frio informou que foi liberada a licença para a montagem do parque mediante pagamento de taxas, mas ressaltou que a estrutura só poderá funcionar após autorização do Corpo de Bombeiros. O Corpo de Bombeiros informou que foi realizada uma vistoria no local e que os responsáveis pela edificação deram entrada no processo de regularização.
Em suma, a instalação de um parque de diversões na Praça do Moinho em Cabo Frio causou revolta entre os moradores, que se sentiram excluídos do espaço público. Além disso, a falta de segurança dos brinquedos e a forma como a privatização do local foi conduzida levantaram questionamentos sobre o interesse por trás da montagem do parque. Agora, cabe às autoridades investigarem a situação e garantirem a segurança e o direito de lazer dos moradores.