“`html
Cabo Frio enfrenta crise na saúde com fechamento da UPA
No dia 13 de outubro, uma data tradicionalmente considerada de azar, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada no Parque Burle, em Cabo Frio, apresentou portas fechadas ao amanhecer. Essa situação tem causado desespero e indignação entre os moradores e pacientes que esperavam por atendimento. Relatos indicam que os profissionais de saúde, enfrentando atrasos salariais e déficits em seus pagamentos, estão limitando os atendimentos a casos de extrema urgência na sala de emergência, já sobrecarregada.
Do lado externo da UPA, a cena é alarmante. Pacientes, incluindo aqueles em tratamento contra o câncer que necessitam de cuidados diários, e outros que dependem de oxigênio, estão a espera de atendimento sem sucesso. Os moradores fazem denúncias de que essa situação retrata a crise do sistema de saúde na região. Um vídeo foi gravado e divulgado pelo programa Talk Show Lagos, evidenciando a gravidade do cenário.
Enquanto isso, surgem especulações de que Bruno Alpacino, o secretário municipal de Saúde e um aliado próximo da prefeita Magdala Furtado (PV), teria pedido a sua exoneração, embora a razão para tal decisão ainda não tenha sido esclarecida. Além disso, diretores de seções da saúde também solicitaram renúncia aos seus cargos, citando a falta de insumos e as inadequadas condições de trabalho como motivadores da decisão.
Entre as exonerações, destacam-se as de Sérgio Lívio Menezes Couceiro, médico responsável pela Unidade de Pacientes Graves (UPG), e Gilberto de Angelo Filho, diretor médico do Hospital Municipal São José Operário (HMSJO). Ambos expressaram sua insatisfação devido à escassez de materiais essenciais, como luvas e soro, aliados aos constantes atrasos nos salários. Segundo os médicos, a situação atual impossibilita a prática de procedimentos médicos de forma segura.
A precariedade no HMSJO é corroborada por relatos feitos pelos próprios médicos. Um cirurgião da unidade mencionou que, na semana anterior, teve que realizar um procedimento cirúrgico sem acesso a soro. “Não posso me responsabilizar dessa forma”, afirmou, revelando que um documento formal seria elaborado para registrar a denúncia nas instâncias competentes, incluindo o CRM e a autoridade policial, por meio de boletim de ocorrência.
A questão dos pagamentos atrasados continua sendo um ponto crítico de descontentamento entre os profissionais de saúde. Embora alguns médicos tenham recebido parte dos valores, muitos ainda alegam que o pagamento integral não foi efetuado. “Não se trata apenas de receber, mas de assegurar a segurança dos pacientes e proporcionar o ambiente adequado para que as equipes médica e de enfermagem possam trabalhar com dignidade”, enfatizou um dos profissionais.
Além da falta de insumos e de pagamentos, a crise afeta também os trabalhadores responsáveis pela limpeza da unidade. Denúncias recentes apontam que, na semana passada, apenas cinco litros de cloro foram fornecidos para a higienização completa do hospital. Os profissionais também criticaram a gestão da prefeita Magdala Furtado. “Desde que ela assumiu, a situação se agravou drasticamente”, desabafou um médico em meio à indignação coletiva.
Frente a essa grave crise, aproximadamente 30 médicos se mobilizaram para elaborar um documento coletivo que será encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (CRM). A iniciativa tem como principal objetivo proteger os profissionais de qualquer responsabilidade em casos de emergências que não possam ser adequadamente atendidas em função da falta de condições mínimas de trabalho. Além disso, será registrado um boletim de ocorrência para formalizar as denúncias já mencionadas.
A crise vivenciada no HMSJO é um reflexo do colapso do sistema de saúde pública em Cabo Frio. Em resposta à situação, a prefeitura emitiu uma nota onde negou a exoneração do secretário da saúde, Bruno Alpacino, e informou que os atendimentos de urgência estão sendo realizados. Entretanto, não houve esclarecimentos sobre a continuidade dos atendimentos gerais, nem sobre quando a normalidade será restabelecida. O comunicado da prefeitura apresentou o seguinte trecho:
“Até o presente momento, a informação sobre a exoneração do secretário de saúde Bruno Alpacino não é verídica.
Quanto ao atendimento na UPA, a Prefeitura de Cabo Frio esclarece que os atendimentos de urgência e emergência permanecem em funcionamento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Burle, Hospital Central de Emergência (HCE) e no Hospital Otime Cardoso dos Santos. De acordo com a prefeitura, os pacientes estão sendo encaminhados para triagem pela entrada lateral, e os casos mais críticos estão recebendo atendimento prioritário.”
Essas imagens ajudam a ilustrar a gravidade da situação enfrentada pela população e pelos trabalhadores da saúde em Cabo Frio, revelando um cenário crítico que demanda ações imediatas e efetivas.
“`
Este texto foi reescrito para manter o sentido e a informação do original, evitando plágio e respeitando as diretrizes de SEO. As imagens foram sugeridas com texto alternativo para melhorar a visibilidade nos motores de busca.