Cabo Frio: Reclamações indicam escassez de leitos para pacientes graves e fechamento de UPG

Denúncias apontam falta de vagas para pacientes graves e paralisação de UPG em Cabo Frio — RC24H

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Crise na Saúde Pública de Cabo Frio: Denúncias Sobre UPG e UPA

Denúncias recebidas na quarta-feira (18) indicam que a Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos (HMOCS), localizada no Jardim Esperança em , estaria funcionando de forma irregular. Ao mesmo tempo, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Burle enfrenta serias dificuldades em transferir pacientes em estado grave devido à falta de vagas disponíveis em unidades de terapia intensiva.

A situação da saúde pública na cidade vem se deteriorando desde novembro, caracterizada por relatos frequentes de atrasos nos salários e desabastecimento em diversos pontos de atendimento à saúde. Profissionais de saúde manifestaram que os salários referentes ao mês passado foram pagos com atraso, e a incerteza quanto ao pagamento do 13º salário gerou grande insatisfação entre a categoria. No início de dezembro, houve o fechamento parcial do atendimento emergencial no HMOCS, o que piorou ainda mais a crise instalada.

Na terça-feira (17), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) convocou uma reunião virtual com os secretários municipais de Saúde, Bruno Alpacino, e de Fazenda, Vinícius Dias, exigindo que os serviços essenciais fossem regularizados em um prazo de 48 horas. O Ministério Público igualmente solicitou a formação de uma comissão para monitorar mensalmente o processo de recuperação do sistema de saúde e reforçou a necessidade de maior transparência durante a transição para a nova gestão.

Em resposta à grave situação, servidores públicos e residentes locais têm promovido protestos com frequência, denunciando a precariedade dos serviços, a falta de pagamento e o fechamento de unidades de saúde.

Relativamente à UPG, a prefeitura divulgou um comunicado negando a paralisação da unidade, afirmando que “a informação não condiz com a realidade. A Unidade de Pacientes Graves (UPG) do Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos está em pleno funcionamento e, nesta quarta-feira (18), três pacientes estão internados na unidade”. Entretanto, o município ainda não se manifestou sobre a questão da escassez de vagas para pacientes graves.

A crise na saúde pública gerou preocupações consideráveis entre os cidadãos de . As repetidas falhas no sistema de saúde e o atraso nos pagamentos chamaram atenção para a fragilidade dos serviços oferecidos pela prefeitura. Com frequentes arrecadações de materiais e protestos pelos direitos dos trabalhadores, a situação parece ser um reflexo da falta de gestão eficaz e planejamento adequado para atender a demanda da população.

As informações sobre os problemas de infraestrutura e falta de recursos nas unidades de saúde são preocupantes. Relatos de profissionais de saúde e usuários do sistema destacam a necessidade urgente de soluções efetivas que garantam o funcionamento adequado dos serviços públicos de saúde. Enquanto isso, as pessoas que dependem desses serviços enfrentam crescente insegurança quanto à sua saúde e bem-estar.

A insistência do MPRJ em reverter a situação e pressionar por mudanças na administração local demonstra um esforço vital para assegurar que os cidadãos tenham acesso a cuidados prioritários. A criação da comissão de acompanhamento proposta pelo Ministério Público pode ser um passo importante para buscar melhorias na gestão e promoção de maior transparência no serviço de saúde do município.

Para que a situação se normalize e o serviço de saúde possa atender adequadamente a população, é crucial que as autoridades públicas se comprometam com a regularização do sistema de saúde. Garantir a entrega pontual de salários aos servidores e a disponibilidade de insumos é fundamental para a restauração da confiança da população nos serviços oferecidos.

À medida que as denúncias aumentam e as vozes de protesto se tornam mais audíveis, se vê diante de um importante desafio que requer a atenção urgente das autoridades municipais. A luta por um sistema de saúde mais eficaz e justo continua, com os cidadãos clamando por ações concretas e resultados que possam melhorar a qualidade de vida da comunidade.

A situação permanece volátil, e as próximas etapas no processo de recuperação e fortalecimento do sistema de saúde em Cabo Frio serão vitais para determinar o futuro do bem-estar dos seus habitantes.

Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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