Cabo Frio: PROEIS pode interromper serviço após 3 meses sem pagamento

A partir do dia 1º de novembro, uma crise pode afetar a segurança pública em Cabo Frio, que pode perder o suporte dos policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS). Esses agentes trabalham em dias de folga através de um convênio com a Prefeitura local, mas estão enfrentando sérios problemas financeiros, já que não recebem seus salários há três meses. Caso a situação não seja resolvida rapidamente, a suspensão dos serviços será inevitável.

Os próprios policiais têm denunciado o atraso contínuo nos pagamentos, que se tornou insustentável. A única solução, segundo eles, será a paralisação dos trabalhos. O PROEIS permite que os policiais militares realizem turnos extras nas suas horas de folga, oferecendo, assim, um suporte adicional à segurança da cidade por meio de um convênio financeiro que é gerido pelas prefeituras, responsáveis por garantir o pagamento dos agentes. No entanto, os profissionais afirmam que desde o mês de agosto não receberam nenhum pagamento pelos serviços prestados até o momento.

Esse cenário se agrava ainda mais em um período crítico: Cabo Frio se aproxima de sua alta temporada, um momento em que a cidade recebe um grande influxo de turistas. A atuação dos policiais do PROEIS é vista como fundamental para complementar o efetivo regular da Polícia Militar, que já enfrenta diversos desafios relacionados à segurança pública. Entre os principais problemas relatados estão pequenos furtos, a presença de flanelinhas em áreas turísticas e outras complicações que afetam tanto moradores quanto visitantes.

Um residente da cidade expressou sua preocupação em relação à segurança, destacando que “com o PROEIS já existiam questões cujas soluções são preocupantes. A ausência desses policiais agravará ainda mais a situação da segurança na nossa cidade”. Essa declaração reflete o sentimento de muitos cidadãos que dependem do reforço na segurança, especialmente em épocas em que o turismo aumenta, exigindo um controle efetivo das atividades suspeitas nas ruas.

Até o momento, a Prefeitura de Cabo Frio não se manifestou oficialmente sobre a situação dos policiais do PROEIS e o atraso nos pagamentos. A falta de um posicionamento claro por parte do poder público gera ainda mais apreensão entre os moradores, que aguardam uma solução rápida para evitar a suspensão do programa que já se mostrou eficaz em melhorar a segurança na cidade.

A questão do atraso salarial e a possível paralisação do PROEIS levantam debates sobre a gestão da segurança pública e a necessidade de um planejamento eficaz por parte das autoridades locais. A continuidade dos serviços prestados pelos policiais, que estão dispostos a trabalhar em suas horas de folga, depende, em grande medida, da regularização dos pagamentos de forma urgente. Para muitos, a presença policial é indispensável para garantir a segurança e a tranquilidade da população e dos visitantes.

Cabo Frio, um dos destinos mais procurados da Região dos Lagos, depende de sua capacidade de assegurar um ambiente seguro para atrair e manter o fluxo de turistas, que é vital para a economia local. A possibilidade de uma eventual falta de policiamento pode não apenas afetar a segurança, mas também impactar diretamente a imagem da cidade como um destino turístico seguro e acolhedor.

As ações do PROEIS são muitas vezes vistas como um complemento necessário à presença regular da Polícia Militar, e a interrupção desse programa, em breve, poderá deixar um vazio preocupante nas ruas, especialmente durante a alta temporada quando o número de visitantes aumenta significativamente.

Enquanto isso, a cidade aguarda um posicionamento claro da Prefeitura, que deve buscar urgentemente uma solução para a questão dos pagamentos e retomar a normalidade nas operações de segurança para garantir a tranquilidade de sua população e dos turistas que a escolhem como destino.