Mulher procura filha desaparecida há 15 anos e denuncia falta de apoio policial
Na terça-feira (4), Maria Salvadora Silva Machado, moradora de São Gonçalo, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Com 60 anos, Maria busca informações sobre o paradeiro de sua filha, Viviane Machado Modesto da Silva, que desapareceu há 15 anos. O caso foi registrado há cinco anos na delegacia especializada.
Acompanhada de seu neto de 16 anos, que foi encontrado por ela em um cativeiro em Cachoeiras de Macacu há cerca de um mês e meio, Maria compareceu à delegacia. Ela havia visto o neto apenas quando ele tinha 1 ano.
Maria afirma que procurou a polícia em busca de ajuda ao descobrir o paradeiro do neto, mas foi orientada a entrar em contato com uma viatura. Determinada a reencontrar seu neto, ela foi até Cachoeiras de Macacu por conta própria. Após resgatá-lo, ela comunicou a polícia sobre o paradeiro do pai da criança, que também havia desaparecido junto com sua filha, mas, segundo Maria, nenhuma ação foi tomada. Desesperada, ela afirma ter seguido sozinha e não receber ajuda de nenhuma parte.
A vida de Maria mudou completamente quando sua filha, genro e neto saíram de casa em 2008, alegando que iriam para uma festa de amigos. Desde então, ela não teve mais notícias dos três. Maria relata que sua filha já havia mencionado o comportamento ciumento do marido. Após o desaparecimento, ela iniciou sua própria busca.
Além do registro na DHNSG em 2018, Maria também fez boletins de ocorrência em outras delegacias. O primeiro foi feito em 2008, na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo. Em 2015, o caso foi arquivado pela Justiça do Rio, a pedido do Ministério Público.
Embora o caso tenha sido transferido para a 127ª DP (Búzios) após o registro feito na DHNSG, Maria conta que foi até lá quando descobriu o endereço onde o genro estava morando em Cabo Frio, na Região dos Lagos. No entanto, ela não recebeu ajuda da polícia. Ela afirma ter sido informada de que sua filha foi assassinada assim que saiu da casa onde o genro estava vivendo.
A Polícia Civil informou que a investigação do caso está em andamento e corre sob sigilo. Maria já havia prestado depoimento anteriormente.
Maria, mesmo tendo encontrado seu neto, continua em busca de sua filha e clama por justiça. Ela espera encontrá-la viva e encerrar o sofrimento que tem enfrentado.
