Cabo Frio: Falsa médica é presa em flagrante durante atendimento
Na manhã de terça-feira, 26 de setembro, a Polícia Civil realizou a prisão em flagrante de uma mulher identificada como Monique Oliveira, que se passava por médica em uma clínica particular localizada na Rua Expedicionário da Pátria, no bairro São Cristóvão, em Cabo Frio. A detenção aconteceu após uma operação de inteligência policial, que tinha como objetivo investigar atividades relacionadas ao exercício ilegal da medicina.
Segundo informações divulgadas, a prisão de Monique foi resultado de uma investigação minuciosa, que apontou indícios de que a suspeita estava oferecendo atendimentos médicos sem a devida formação e registro legal. Quando os agentes da polícia chegaram ao local indicado, encontraram a falsa médica prestando atendimento a uma paciente, o que levou à sua detenção imediata.
Durante o procedimento de abordagem, os policiais questionaram Monique sobre sua habilitação profissional, especificamente o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). A mulher apresentou um documento em nome de M.O.B.F., correspondente ao registro no Conselho Regional de Enfermagem (COREN), mas utilizava um carimbo que trazia seu nome completo, “Monique Oliveira”, além de um número de CRM que, após verificação no site do órgão responsável, foi identificado como pertencente a outra profissional da área de saúde.
As evidências encontradas foram suficientes para que os policiais realizassem a prisão em flagrante de Monique Oliveira, que agora enfrentará charges relacionadas ao exercício ilegal da medicina. O caso expõe a importância da vigilância em relação à atuação de profissionais da saúde, especialmente em tempos em que a confiança e a segurança do atendimento médico são cruciais para a população.
A prática de se passar por médico, além de ser uma infração legal, representa um perigo considerável à saúde pública, visto que pessoas sem a formação acadêmica exigida podem colocar em risco a vida e o bem-estar dos pacientes. O episódio em Cabo Frio é um alerta sobre a necessidade de um sistema de monitoramento mais rígido sobre profissionais que atuam na área médica, para proteger a comunidade de fraudes e garantir a qualidade do atendimento que deve ser dada à população.
A Polícia Civil destacou a relevância do trabalho investigativo realizado e a necessidade de continuar as ações de fiscalização nas clínicas e consultórios, a fim de evitar que situações semelhantes ocorram novamente. Com a prisão de Monique, espera-se também que outros possíveis casos de atuação irregular sejam identificados e tratados com a mesma seriedade.
Um aspecto preocupante que surge a partir deste caso é o fato de que muitas pessoas, na busca por atendimento médico, podem ser levadas a acreditar nas credenciais de indivíduos que, de fato, não possuem as qualificações necessárias. Essa desinformação pode ser traiçoeira, tornando a população vulnerável a práticas irresponsáveis e prejudiciais à saúde.
Um chamado à população é feito para que estejam sempre alertas e verifiquem a legitimidade dos profissionais de saúde antes de iniciar qualquer tratamento. Consultar o registro no CRM ou no COREN é uma maneira eficiente de garantir que o profissional com quem se está lidando possua a formação e a autorização necessárias para exercer a medicina ou a enfermagem.
O episódio com Monique Oliveira não é um caso isolado; outras ocorrências semelhantes têm sido relatadas em várias partes do país. Portanto, as autoridades competentes precisam implementar medidas mais eficazes de conscientização sobre a importância de verificar as credenciais de médicos e enfermeiros, para que o acesso a cuidados de saúde seja sempre seguro e confiável.
A reação da população em face dessa situação também é um fator de relevância. Muitas vezes, as pessoas têm receio de denunciar irregularidades por medo de represálias ou por acharem que sua voz não será ouvida. É imprescindível que as denúncias sobre práticas ilegais na área da saúde sejam encorajadas, e que as pessoas saibam que existem canais seguros para relatar esse tipo de problema.
O caso de Cabo Frio é uma lembrança de que a proteção e a segurança do cidadão dependem da vigilância constante, tanto por parte das autoridades como dos próprios cidadãos. Todos têm um papel a desempenhar na promoção de um ambiente mais seguro, onde o bem-estar e a saúde pública sejam sempre priorizados.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos