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Moradora de Cabo Frio faz protesto após ficar cinco dias sem energia elétrica
A sensação de impotência é avassaladora. Ela se descreve como um lixo e não sabemos a quem recorrer. Onde podemos apresentar uma reclamação? A quem podemos pedir ajuda? Ingressar com uma ação judicial pode levar meses, tempo que não temos quando enfrentamos situações que exigem soluções imediatas, especialmente quando pagamos por um serviço. Muitas vezes, as pessoas se sentem obrigadas a tolerar as falhas de empresas de serviços essenciais. No meu caso, não escolhi a Enel, simplesmente não tenho outra opção.” Essas foram as palavras da nutricionista Eline Nascimento, que decidiu ‘acampar' na última sexta-feira (20) na sede da Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia em Cabo Frio, após passar cinco dias sem luz em sua residência.
Eline, que é moradora de Angra dos Reis, tinha ido para Cabo Frio passar uns dias com a família durante o fim de ano. Imagens que foram amplamente divulgadas nas redes sociais mostram Eline deitada sobre um colchão na recepção da concessionária, utilizando a energia do local para carregar seu celular como parte de seu protesto.
A primeira atitude da atendente da empresa foi chamar a polícia para que ela fosse retirada do local, alegando que Eline estava fazendo algo inapropriado. No entanto, a nutricionista afirmou que acreditava que seu protesto não estava prejudicando ninguém. Duas horas após o início da manifestação, Eline foi informada de que a energia em sua casa havia sido restabelecida.
A situação crítica começou no domingo (15), quando ventos fortes provocaram um curto-circuito que fez o relógio de energia de sua residência, localizada no bairro Jardim Peró, parar de funcionar. Na segunda-feira (16), uma tempestade atingiria a cidade, afetando ainda mais as redes elétricas da região.
“Diante da chuva e dos ventos, é compreensível que houvesse problemas em larga escala, então eu decidi esperar um pouco, acreditando que a empresa resolveria as falhas. Contudo, quando a segunda e terça-feira chegaram e eu continuava sem obter resposta mesmo após inúmeras tentativas de contato, ficou difícil manter a calma”, declarou Eline, que destacou a quantidade de protocolos que havia seguido e todas as ações que tomou, como ligar e relatar a situação, além de solicitar tratamento de emergência.
Em suas tentativas de contato, Eline disse que os atendentes da Enel informaram que muitos moradores estavam enfrentando a mesma dificuldade. “Meus alimentos estavam se estragando. Fui forçada a dormir sem energia. Para conseguir carregar meu celular, precisei ir até o supermercado”, lamentou.
Em resposta à situação, a Enel emitiu uma nota afirmando que está analisando a ocorrência e o processo de atendimento ao cliente. De acordo com a empresa, a energia foi restabelecida na rua da cliente no mesmo dia em que ela fez o primeiro chamado. No entanto, estava ocorrendo um problema em seu medidor de energia, o que impediu que o serviço fosse normalizado. A Enel Rio está averiguando as causas que levaram à falha no medidor e a razão da demora no atendimento.
A realidade enfrentada por Eline Nascimento expõe questões sérias sobre a qualidade dos serviços prestados e a dificuldade que muitos consumidores têm ao buscar soluções para problemas que afetam diretamente seu dia a dia. Esta situação também levanta um debate sobre a responsabilidade das concessionárias em oferecer um atendimento adequado e ágil, principalmente em momentos de emergência, quando os clientes precisam de suporte eficiente.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos
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