Cabo Frio: limitação nos atendimentos e na realização de exames”

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Pacientes denunciam cortes significativos nas verbas da saúde pública de , o que está resultando em restrições nos atendimentos, na realização de exames nos hospitais da cidade e redução de insumos. Segundo relatos, os pacientes foram surpreendidos nesta semana, não recebendo os devidos cuidados. Um exemplo citado foi a redução drástica no número de testes de HIV disponibilizados. Antes eram realizados em torno de 30 a 40 testes por dia, e agora apenas de três a quatro são permitidos.

A descoberta desses cortes foi feita por um paciente que estava tentando marcar um acompanhamento de HIV no Hospital Dia, no bairro São Cristóvão. No entanto, ele não obteve sucesso, pois não havia vagas disponíveis devido à diminuição do número de vagas. Essa situação preocupa o paciente, pois ele utiliza medicamentos cujos possíveis efeitos adversos só podem ser detectados por meio dos exames de acompanhamento.

Além disso, há preocupações em relação ao atendimento de crianças expostas ao HIV e a outras doenças infecciosas, que também necessitam de exames laboratoriais regulares. A falta desses exames pode comprometer o controle adequado dessas doenças. Pacientes com tuberculose também sofrem com essa redução de exames laboratoriais, que são essenciais para o seu monitoramento. Essas restrições impostas aos exames têm causado indignação, pois a necessidade é muito maior do que o limite de dois exames.

Outro ponto destacado nas denúncias é a falta de uma triagem adequada para a realização dos exames. Segundo os relatos, não há critérios claros sobre qual paciente será atendido ou submetido a determinados exames, o que gera ainda mais preocupação e descontentamento.

Diante dessa situação, muitos pacientes têm sido obrigados a buscar atendimento em unidades de saúde particulares, mesmo sem condições financeiras para arcar com os custos. Isso tem causado ainda mais dificuldades e transtornos para essas pessoas, que dependem do sistema de saúde pública para receber os devidos cuidados.

Diante das denúncias e da gravidade da situação, entramos em contato com a prefeitura de para obter esclarecimentos sobre os possíveis cortes de verbas na saúde. Em resposta, a prefeitura afirmou que não houve cortes de verba, mas sim um reajuste na forma como os exames são realizados e registrados no sistema. Segundo a nota enviada, anteriormente os exames eram feitos manualmente e não estavam sendo catalogados corretamente. O objetivo do reajuste seria obter maior transparência no sistema de saúde, garantindo que todos os pacientes sejam atendidos.

No entanto, os pacientes continuam relatando dificuldades no acesso aos exames e nos atendimentos. A situação ainda não foi solucionada de forma satisfatória, e a preocupação com a falta de recursos na saúde pública de Cabo Frio permanece.

É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir que todos os pacientes tenham acesso aos cuidados de saúde necessários. A saúde pública é um direito básico e essencial, e a falta de recursos não pode comprometer a qualidade e a disponibilidade dos serviços oferecidos. É necessário um investimento adequado na saúde, visando melhorar as condições de atendimento e garantir o bem-estar da população de Cabo Frio.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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