Chefe do Tráfico na Praia do Siqueira é Condenado a 41 Anos de Prisão em Cabo Frio
Em uma ação conduzida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), seis indivíduos foram condenados à prisão por envolvimento em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na comunidade Praia do Siqueira, localizada em Cabo Frio. Entre os condenados está Cristiano de Souza Barreto, conhecido popularmente como “Fofão”, apontado como líder da organização criminosa. Ele recebeu uma sentença de 41 anos e um mês de prisão em regime fechado. A decisão foi divulgada na última terça-feira, dia 5.
Investigação e Condenações
O trabalho da 1ª Promotoria de Justiça, em conjunto com as Varas Especializadas em Organizações Criminosas, foi crucial para o desdobramento do caso. As investigações começaram após a prisão de David dos Santos Gregório, identificado como peça-chave no grupo por realizar movimentações financeiras em nome de Cristiano. Para isso, ele utilizava empresas de fachada, apontaram as autoridades.
Cristiano, mesmo residindo em um apartamento de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, continuava a controlar o tráfico na comunidade. Ele foi preso em novembro do ano anterior. Helio Marcio Chaves da Conceição, conhecido como “Tio Zé”, foi designado por Cristiano para gerenciar o ponto de venda de drogas na Praia do Siqueira.
Esquema de Lavagem de Dinheiro
A investigação do MPRJ revelou que Cristiano utilizava contas bancárias próprias e também as de sua companheira, Jhenifer Grazielle Ferreira Bastos, como parte do esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico. Para disfarçar a origem dos recursos, Jhenifer abriu uma clínica de estética. Ela foi condenada a 27 anos e meio de prisão, e ambos, Cristiano e Jhenifer, tiveram seus bens bloqueados pela Justiça.
Conexões com o Mato Grosso do Sul
Depósitos efetuados por Jhenifer também estabeleceram um vínculo entre a organização criminosa e as irmãs Lilian Faviana Marinho Benites Nonato e Larissa Sophie Marinho Benites Nonato, residentes em Naviraí, no Mato Grosso do Sul. As irmãs atuavam na compra de drogas na fronteira, enviando-as para Cabo Frio. Lilian recebeu uma sentença de cinco anos e sete meses, enquanto Larissa foi condenada a cinco anos de prisão, ambas em regime semiaberto.
Além de Cristiano e Jhenifer, as condenações incluíram David dos Santos Gregório, sentenciado a 10 anos de reclusão em regime fechado, e Helio Marcio Chaves da Conceição, que recebeu uma pena de 8 anos e 6 meses, também em regime fechado. As acusações contra eles abrangeram tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
Impacto na Região dos Lagos
A ação do MPRJ destaca a contínua luta das autoridades para combater organizações criminosas que operam na Região dos Lagos, uma área conhecida tanto por suas belezas naturais quanto por desafios de segurança pública. Cabo Frio, assim como outras cidades da região, tem sido foco de operações policiais visando enfraquecer estruturas criminosas que afetam a vida da comunidade local.
Este caso ressalta a importância do trabalho integrado entre as várias esferas de aplicação da lei para desarticular redes criminosas complexas, garantindo maior segurança e justiça para os cidadãos. O impacto das decisões judiciais é significativo, pois reafirma o compromisso do poder público em enfrentar de maneira rigorosa o crime organizado na região.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos
