Cabo Frio: Idosa é presa por injúria racial ao ofender jovem de sinhazinha da escravidão

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Idosa é detida por injúria racial em Cabo Frio

Na noite da última terça-feira (10), Giovanna da Rocha Pitta, uma jovem de apenas 20 anos, tornou-se vítima de um crime de injúria racial enquanto estava no ambiente de trabalho, em uma loja de um shopping localizado em . A agressora, uma idosa de 69 anos, foi presa pela Polícia Militar após ter xingado Giovanna, chamando-a de “sinhazinha da escravidão”, “negra suja” e “alma morta”, entre outras ofensas.

A jovem relatou que a acusada já era conhecida por seu “comportamento problemático”, sendo alvo de queixas feitas por outros funcionários anteriormente. De acordo com a narrativa de Giovanna, a idosa dirigiu-se à loja e começou a ser atendida de maneira adequada, mas alterou seu comportamento no momento de efetuar o pagamento pelos produtos adquiridos.

“Ela ficou [cerca de] duas horas e meia circulando [pelo local] e um colega meu a acompanhou para esclarecer suas dúvidas”, contou. “Trabalho como auxiliar e normalmente fico no caixa. Quando o meu amigo foi ajudar a organizar a fila, essa mulher decidiu passar as compras no caixa dele. Quando já tinha finalizado o pagamento, ela pediu para alterar o endereço no cadastro, mas isso não estava dando certo, o que gerou um clima de impaciência, fazendo com que ela segurasse a fila. Eu me ofereci para ajudar, mas mesmo assim, ela foi extremamente hostil, enquanto eu mantive a cortesia. Em determinado momento, ela me perguntou se, nos filmes de época ou “naqueles tempos”, eu gostaria de ser a “sinhazinha de cabelos loiros” ou “olhos azuis” tendo “esse meu cabelo crespo”.

As ofensas proferidas pela idosa deixaram Giovanna visivelmente abalada; sua reação imediata foi pedir respeito e anunciar a intenção de chamar os seguranças. Observando a situação, seus colegas de trabalho rapidamente retiraram a jovem do local, mas conforme o relato dela, “as ofensas continuaram”.

Diante da gravidade da situação, a gerente do estabelecimento acionou a Polícia Militar, que se deslocou até o local e levou tanto a vítima quanto a acusada para a 126ª DP, localizada em . No registro do boletim de ocorrência, a idosa teria admitido ter feito as ofensas raciais contra Giovanna.

Ainda segundo a jovem, apesar de confirmar suas declarações racistas, a idosa se recusou a colaborar com as autoridades durante a abordagem policial e continuou a proferir novas agressões verbais, tentando até mesmo atacar os oficiais. Durante o registro da ocorrência, os agentes de segurança descobriram que moradores do condomínio em que a idosa residia já haviam feito queixas sobre comportamentos problemáticos da mulher.

Na delegacia, foi observado que a idosa aparentava ter problemas psicológicos, apresentando “falas desconexas”. Em meio à confusão, ela chegou a dizer que “vinha de Júpiter” quando a polícia e a segurança chegaram ao local.

Após os procedimentos, a idosa permaneceu detida e irá responder judicialmente por injúria por preconceito. A repercussão do caso destaca a relevância da discussão sobre racismo e a necessidade de medidas efetivas para combater a intolerância em todas as suas formas na sociedade.

Casos como o de Giovanna revelam não apenas a brutalidade de ofensas raciais, mas também a resistência de algumas pessoas em aceitar as diferenças, resultando em situações de hostilidade que, como vemos, podem afetar seriamente a vida de indivíduos em seus ambientes cotidianos.

As autoridades locais e os responsáveis pelo estabelecimento estão mobilizando suas equipes para promover um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso, rechaçando atitudes discriminatórias. O compromisso com a justiça e a igualdade de direitos é essencial para que ocorrências dessa natureza não se repitam e para que todos possam viver em harmonia, respeitando as individualidades uns dos outros.

Esse episódio serve como um importante alerta sobre a necessidade de educação e conscientização no combate ao racismo e à discriminação, temas que devem ser abordados de forma contínua e abrangente em todos os segmentos da sociedade.

Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos
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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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