Morador de Cabo Frio denuncia condições precárias da UPA do Parque Burle
Um residente da cidade de Cabo Frio, que se identificou como Jorge, apresentou uma grave reclamação sobre a atual situação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) localizada no Parque Burle. Conforme o relato, a unidade enfrenta dificuldades significativas, incluindo a carência de medicamentos e a escassez de médicos qualificados, especialmente na área pediátrica.
Em um vídeo enviado à redação do RC24h nesta quinta-feira (5), Jorge expressa sua indignação ao afirmar que foi obrigado a levar seu filho para buscar assistência médica em São Pedro da Aldeia, cidade vizinha, devido à falta de atendimento pediátrico. Ele também ressaltou que, em alguns momentos, um cardiologista tem sido visto atuando como pediatra, o que levanta preocupações sobre a adequação dos serviços prestados na unidade.
O morador não se contentou em apenas relatar a falta de médicos e medicamentos, mas também fez duras críticas à administração municipal. Ele direcionou suas reclamações especialmente à prefeita Magdala Furtado (PV), alegando que Cabo Frio não está devidamente preparado para receber o elevado número de turistas que se espera para a temporada de verão. “Como é que vão receber cerca de 800 mil pessoas aqui em Cabo Frio no verão? Nem a população local está sendo bem atendida. Isso é uma vergonha”, desabafou Jorge durante sua intervenção.
ASSISTA AO VÍDEO:
Após o surgimento das denúncias, a reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio nesta sexta-feira (6) em busca de maiores esclarecimentos sobre a situação, mas até o momento não houve uma resposta oficial das autoridades sobre as alegações feitas por Jorge.
As críticas não se limitam apenas ao serviço de saúde. Também há uma crescente insatisfação entre os moradores da região em relação aos serviços públicos em geral, especialmente em períodos de alta demanda, como ocorre idelmente na temporada de férias de verão. Os habitantes expressam preocupações sobre a infraestrutura da cidade, que recebe um grande fluxo de visitantes durante os meses de calor.
Além das críticas sobre a saúde pública, a falta de uma adequada gestão nos equipamaentos e nas unidades básicas de saúde também contribui para o clima de insegurança e insatisfações coletivas. A prefeitura, ao que parece, terá que enfrentar uma série de desafios para garantir que tanto os turistas quanto os residentes de Cabo Frio tenham acesso a serviços de qualidade e atendimento necessário, principalmente durante períodos críticos como o verão.
Os relatos de Jorge evidenciam um problema que é muito mais amplo e que requer ações imediatas das autoridades locais. A falta de pediatras, medicamentos e a sobrecarga nos hospitais acabam culminando em situações de emergências não atendidas, que podem levar a complicações para os pacientes, especialmente crianças, que são a população mais vulnerável em tais circunstâncias.
A gestão adequada e a prioridade na área da saúde, especialmente com a proximidade do período de férias onde a cidade se prepara para um novo fluxo de visitantes, é vital para que Cabo Frio possa oferecer não apenas um bom turismo, mas também garantir a saúde e bem-estar de sua população. Portanto, seria prudente que a administração municipal revisse suas estratégias e recursos destinados ao setor de saúde, a fim de evitar que situações como a relatada por Jorge voltem a acontecer.
O cidadão também contempla a possibilidade de organizar um movimento com outros moradores para exigir melhores condições nas unidades de saúde, evidenciando que a participação popular é essencial para a transformação nas políticas públicas do município. As vozes dos cidadãos, quando unidas, podem promover mudanças significativas na esfera política e social.
A situação que Jorge trouxe à tona é um alerta não apenas para as autoridades de Cabo Frio, mas para todas as cidades que se preparam para atender a um grande número de turistas. É necessário o comprometimento com a qualidade dos serviços públicos e um planejamento eficaz para que possa atender tanto os visitantes quanto os moradores locais, evitando assim que episódios lamentáveis se repitam.
