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A interdição do Terminal de Ônibus de Turismo de Cabo Frio gera conflitos
A situação referente à interrupção das atividades do Terminal de Ônibus de Turismo (TOT) em Cabo Frio, realizada pela proprietária do terreno, Mariana Maussa, continua a apresentar desdobramentos. Na tarde desta sexta-feira (20), o bloqueio imposto por Mariana, que barrava a entrada de novos ônibus turísticos, culminou em tensão e na necessidade de intervenção das equipes da Guarda Civil Municipal, assim como da Polícia Militar, resultando no reboque de seu veículo.
Aproximadamente às 15h, o automóvel de Mariana, que obstruía a entrada do terminal, foi removido por um serviço de guincho. Informações indicam que a proprietária estava à espera da chegada de seu advogado para registrar um boletim de ocorrência na delegacia local.
A interdição teve início nas primeiras horas do dia, quando Mariana decidiu bloquear a entrada após receber notícias e fotos de máquinas operando na área sem sua autorização. Ela reclama que o terreno é explorado pela prefeitura há 18 anos sem que houvesse o devido pagamento de aluguéis ou indenizações, acumulando uma dívida que ela estima em cerca de R$ 22 milhões.
O cenário ocorre em um período de alta temporada turística, gerando um impacto direto na movimentação de ônibus e na chegada de visitantes à cidade. O RC24h buscou informações junto à prefeitura de Cabo Frio sobre a situação. Em resposta, o município emitiu a seguinte nota:
“A Prefeitura de Cabo Frio esclarece que o terreno que abriga o Terminal de Ônibus de Turismo (TOT) passou por um processo judicial e atualmente está sob a posse do município. Todos os documentos pertinentes estão disponíveis nos autos do processo civil na Comarca de Cabo Frio, e a proprietária foi convocada a liberar o acesso a este serviço público, de modo que o terminal possa novamente receber os veículos de turismo”.
Mais de um conflito jurídico aparece neste caso, levando em consideração que a proprietária se baseia na suposta dívida milionária, enquanto a prefeitura defende que já detém os direitos legais sobre a área. O desenrolar da situação não apenas envolve questões legais, mas também afeta diretamente atividades turísticas, que são essenciais para a economia local, principalmente durante períodos festivos e de alta movimentação.
Dessa forma, o impasse se mantém, enquanto Mariana Maussa busca apoio jurídico para contestar a desapropriação e as medidas tomadas pela prefeitura. O interesse público continua sendo um ponto central da discussão, refletindo a necessidade de um acordo que favoreça tanto a proprietária do terreno quanto o desenvolvimento turístico da região. Em última análise, a resolução desse conflito poderá impactar o futuro do transporte turístico em Cabo Frio, bem como a relação entre a administração municipal e os proprietários de terrenos na área.
Considerando tudo isso, a situação permanece em aberto, e as partes aguardam desdobramentos que possam levar a um entendimento. A interdição do terminal, além de gerar descontentamento entre os motoristas e usuários dos ônibus turísticos, poderá ter repercussões mais amplas para a dinâmica comercial e social de Cabo Frio, que vive de sua atratividade turística e do fluxo de visitantes que, em última análise, sustentam sua economia.
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