Cabo Frio: Funcionários da Saúde temem manobra para atrasar salários novamente

Servidores da Saúde de Cabo Frio temem manobra com ponto facultativo para adiar salários mais uma vez — RC24H

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Servidores da Saúde de Cabo Frio enfrentam incertezas após anúncio de ponto facultativo

Em meio à crise que afeta os profissionais da Saúde em , decorrente do atraso no pagamento de salários, a administração municipal anunciou um “mega” ponto facultativo em comemoração ao Dia da Consciência Negra, que será celebrado nesta quarta-feira, dia 20. Este feriado se estenderá até sexta-feira, dia 22, data na qual, segundo o governo local, está previsto o pagamento dos salários pendentes. No entanto, os servidores expressam preocupações de que essa iniciativa seja uma estratégia para adiar ainda mais a liberação dos recursos.

Na semana anterior, o município já havia ampliado o período de feriados ao interligar o aniversário da cidade, celebrado em 13 de novembro, ao Dia da Proclamação da República, no dia 15. Para muitos trabalhadores, especialmente aqueles que ainda aguardam o pagamento, a adição deste novo ponto facultativo gerou um clima de estranhamento e renovou as dúvidas sobre as intenções do governo.

O atraso no pagamento de salários já ultrapassa 15 dias, resultando em relatos preocupantes de profissionais enfrentando dificuldades financeiras severas, incluindo fome e até tentativas de suicídio. Na segunda-feira, dia 18, a data que inicialmente havia sido anunciada para o depósito, protestos ocorreram em frente à prefeitura e nas ruas da cidade. O governo municipal, por sua vez, postergou o pagamento para sexta-feira, dia 22, mas os trabalhadores permanecem céticos sobre essa nova data marcada.

Na terça-feira, dia 19, um grupo de manifestantes buscou diálogo com a prefeita Magdala Furtado (PV), porém, foram recebidos pelo presidente da Câmara de Vereadores, Miguel Alencar (União). Durante uma reunião que contou com a presença de representantes da área da Saúde e outros vereadores, Miguel anunciou que tomará providências junto ao Ministério Público para comunicar o atraso nos pagamentos.

De acordo com os servidores, os recursos do Fundo Nacional de Saúde já estão depositados na conta do fundo municipal, não havendo justificativa plausível para a retenção dos salários. Estavam presentes na referida reunião os vereadores Alexandra Codeço (REP), Átila Motta (PCdoB), Davi Souza (PP), Josias da Swell (PL), Léo Mendes (MDB), Luís Geraldo (REP), Rodolfo de Rui (PL) e Ruy França (PRTB). Miguel ainda se comprometeu, em sessão realizada na Câmara, a protocolar um requerimento solicitando esclarecimentos bem detalhados sobre a destinação dos recursos disponíveis.

O Portal RC24h tentou estabelecer contato com a prefeitura de a fim de questionar se o ponto facultativo poderia influenciar no pagamento dos servidores e sobre a falta de repasse do Fundo Nacional de Saúde, contudo, até o momento, não houve retorno.

Os comentários e as reações em torno dessa situação revelam um clima de desconfiança em relação ao governo municipal. Servidores estão cada vez mais preocupados com o futuro de suas remunerações e a possibilidade de mais atrasos. Essa incerteza agrava ainda mais as condições já difíceis enfrentadas pelos trabalhadores da saúde, que desempenham um papel crítico na linha de frente deste contexto de crise.

A situação em serve como um alerta não apenas para os profissionais da saúde, mas também para a administração pública sobre a importância de uma gestão financeira eficaz e transparente. A falta de salários em dia pode levar a uma desmotivação geral entre os servidores, impactando diretamente a qualidade dos serviços prestados à população. É essencial que a atual gestão encontre soluções rápidas e confiáveis para sanar esses problemas, garantindo assim o bem-estar tanto dos funcionários quanto da comunidade que depende de seus serviços.

Enquanto a cidade se prepara para o feriado prolongado, a expectativa continua na esperança de que as promessas de pagamento sejam cumpridas e que situações de desespero como as que vêm sendo reportadas não se reproduzam novamente, permitindo assim um retorno à normalidade nas relações trabalhistas e na prestação de serviços essenciais.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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