Cabo Frio: Segunda vítima de explosão de lancha não resiste aos ferimentos
Na madrugada deste domingo (23), ocorreu o óbito de Aleksandro Leão Vieira, de 36 anos, a segunda vítima da explosão de uma lancha em Cabo Frio. Aleksandro estava internado no Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), em Araruama, desde a última segunda-feira (17), mas não conseguiu sobreviver aos ferimentos. Dois dias antes, uma criança de 4 anos também veio a falecer em decorrência do acidente. A explosão deixou outras oito pessoas feridas, incluindo um bebê, outra criança e uma mulher grávida.
Segundo relatos, a explosão ocorreu logo após o abastecimento do barco. O pai do menino que veio a óbito, Leandro Zerbone, relatou que estava em Cabo Frio junto com sua família, prontos para dar um passeio em Arraial do Cabo, quando a embarcação explodiu. Ele e mais dois colegas conseguiram se jogar na água, mas os demais ocupantes ficaram presos dentro da lancha, já que não tinham para onde correr. Os responsáveis pelo abastecimento no local auxiliaram no resgate das vítimas.
O acidente também deixou outras pessoas feridas. Um bebê de 1 ano e 5 meses, que sofreu queimaduras durante a explosão, está internado em estado grave no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo. Na mesma unidade hospitalar, encontram-se Nayara Tauslane Andrade, de 22 anos, Caroline Pimentel, de 28 anos, e uma menina de 5 anos, todas com quadro estável. Já Letícia Sampaio, de 26 anos e grávida de três meses, foi encaminhada para o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, também com quadro estável.
A Marinha instaurou um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação para investigar as causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades do incidente. Militares da Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio foram enviados ao local para auxiliar as vítimas. A Marinha destacou que não foi identificada poluição hídrica ocasionada pela embarcação acidentada.
A tragédia abalou a região de Cabo Frio, que costuma receber turistas em busca de lazer e relaxamento. A explosão da lancha trouxe à tona a importância de cuidados e precauções durante o abastecimento de embarcações, bem como a avaliação das condições de segurança dos equipamentos utilizados.
É fundamental que autoridades competentes realizem investigações completas para determinar as causas do acidente e, assim, implementar medidas preventivas que possam evitar tragédias semelhantes no futuro. A segurança dos passeios marítimos deve ser uma prioridade, garantindo a proteção dos passageiros e tripulantes.
É importante ressaltar que a responsabilidade por garantir a segurança das embarcações e dos passageiros não cabe apenas aos proprietários, mas também às autoridades responsáveis pela fiscalização e regulamentação das atividades náuticas. Ações educativas e campanhas de conscientização sobre os riscos envolvidos nas atividades de navegação também são fundamentais para evitar acidentes.
A comunidade de Cabo Frio e seus residentes devem se unir nesse momento de tragédia, prestando apoio e solidariedade às vítimas e suas famílias. É necessário que as autoridades e órgãos competentes assumam o compromisso de analisar e reforçar as medidas de segurança para evitar que casos como esse se repitam, preservando a vida e garantindo a tranquilidade das pessoas que desfrutam das belezas da região.
