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Cabo Frio: Caso suspeito de varíola dos macacos é descartado e aluno é diagnosticado com catapora
Na noite de terça-feira (24), a dúvida acerca de um caso suspeito de varíola dos macacos que causou preocupação entre os responsáveis dos alunos da Escola Municipal Antônio da Cunha Azevedo, em Cabo Frio, foi esclarecida. A prefeitura de São Pedro da Aldeia, município de residência do estudante supostamente afetado, divulgou uma nota confirmando que a análise laboratorial descartou a infecção por MPOX. O aluno, na verdade, foi diagnosticado com catapora.
A situação se iniciou na tarde de segunda-feira, quando a escola em questão anunciou a suspensão das aulas para os dois turnos da terça-feira em decorrência de um atestado apresentado por um aluno, que indicava a doença. Com isso, as aulas foram interrompidas para que fosse realizada uma sanitização na escola com a intenção de prevenir qualquer possível transmissão da enfermidade.
A falta de informações detalhadas sobre o caso, como a data ou o local da suposta contaminação, desencadeou uma série de especulações e preocupações entre os pais e responsáveis.
Diante da pressão e da repercussão gerada, a prefeitura de São Pedro da Aldeia emitiu, em nota, que não existia um caso confirmado de MPOX no município, mas sim um caso suspeito. Segundo o comunicado, a criança que apresentou os sintomas foi atendida na UPA Pediátrica local, onde foram seguidos todos os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde. A criança permaneceu em isolamento enquanto as amostras coletadas foram enviadas para a análise laboratorial realizada pelo Estado.
Além disso, a equipe municipal de saúde fez uma videochamada com um especialista em infectologia da Fiocruz para receber orientações técnicas sobre o atendimento do caso. Conforme avaliação da prefeitura de Cabo Frio, “não foi verificado um caso típico de MPOX”.
A amostra coletada da criança foi analisada no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen), e na noite de terça-feira, o diagnóstico confirmou que o aluno estava com varicela. Em comunicado, a prefeitura de São Pedro da Aldeia informou que “serão seguidos os procedimentos necessários para o tratamento dessa doença”.
Nota da prefeitura:
“A Prefeitura de São Pedro da Aldeia informa que o caso suspeito de MPOX no município foi descartado. O resultado da análise laboratorial realizada nesta terça-feira (24) pelo Laboratório Central Noel Nutels (LACEN RJ) diagnosticou a criança com varicela. Serão adotados os procedimentos recomendados para o tratamento da doença.”
Falta da vacina contra catapora no Estado
A varicela, popularmente conhecida como catapora, é uma infecção viral que pode resultar em complicações severas se não for tratada de forma apropriada. Apesar dos riscos da doença, a vacina específica está em falta no estado do Rio de Janeiro. Em julho deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) recebeu uma quantidade insuficiente de apenas 15 mil doses do imunizante para atender a demanda da população. Por outro lado, foram enviadas 100 mil doses da vacina Tetraviral, que pode ser utilizada como alternativa, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde. A vacina Tetraviral também protege contra outras doenças, como sarampo, caxumba e rubéola.
Os municípios fluminenses, incluindo Cabo Frio, receberam lotes da vacina Tetraviral entre os meses de julho e setembro, mas a expectativa de recebimento de novas doses da vacina contra a varicela ainda não tem previsão definida. Até o presente momento, o Ministério da Saúde não anunciou quando mais vacinas contra a catapora estarão disponíveis.
Segundo informações sobre o assunto, a preocupação com a escassez da vacina e o aumento de casos de doenças vacináveis, como a catapora, reacendem o debate sobre a importância da vacinação em massa e da manutenção de estoques adequados. A situação atual destaca a necessidade de estratégias de imunização eficazes e de fornecer informações claras à população para que não haja alarmismos desnecessários em casos de suspeita de doenças contagiosas.
Além disso, a resposta rápida das autoridades de saúde e a realização de protocolos de contenção demonstram a importância de uma vigilância epidemiológica ativa e do comprometimento em garantir a saúde pública em momentos de crise.
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