Búzios: Polícia foca em ‘Povo de Israel’ em São Gonçalo e Maricá

Polícia mira 'Povo de Israel' em São Gonçalo e Maricá | Enfoco

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Quadrilha arrecadou quase R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio deste ano
| Foto: Reprodução

Na última terça-feira, dia 22, a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou a execução de 44 mandados de busca e apreensão relacionados a uma organização criminosa conhecida como ‘Povo de Israel’. Essa quadrilha opera do interior dos presídios e tem enganado centenas de pessoas quotidianamente através do golpe de falso sequestro, totalizando quase R$ 70 milhões em movimentações financeiras entre janeiro de 2022 e maio do corrente ano.

Dentre os alvos, a investigação apura a participação de cinco policiais penais que são suspeitos de ter colaborado com os criminosos. As ações fazem parte da “Operação 13 Aldeias”, que abrange áreas como Copacabana e Irajá, na cidade do Rio, além de operações em municípios como São Gonçalo, Maricá, Rio das Ostras, Búzios, São João da Barra e até mesmo no estado do Espírito Santo. A Polícia Penal também está realizando atividades nos estabelecimentos prisionais.

Os agentes da Delegacia Antissequestro (DAS), com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Subsecretaria de Inteligência da Administração Penitenciária, iniciaram as operações nas primeiras horas do dia, com o objetivo de desmantelar as atividades do grupo.

A organização criminosa chamada Povo de Israel foi fundada há cerca de duas décadas e conta atualmente com uma vasta rede de 18 mil membros, a maioria dos quais está aprisionada em 13 diferentes unidades prisionais. Essa estrutura permite que as operações de golpe continuem mesmo a partir das celas, mostrando a audácia e a organização dos criminosos.

As investigações apontam que a forma de atuação do Povo de Israel envolve a realização de ameaças, muitas vezes levando as vítimas a acreditarem que estão em situação de sequestro. Após a criação do pânico, os criminosos exigem quantias significativas em dinheiro para liberar os reféns, dando origem ao lucro substancial que a quadrilha tem conseguido gerar ao longo dos anos.

A ação policial visa não apenas prender os envolvidos diretamente nas atividades ilícitas, mas também coibir qualquer tipo de conivência de agentes do estado que possam estar facilitando o funcionamento da quadrilha. Os crimes de corrupção e cooptação entre as forças de segurança são questões extremamente preocupantes, pois minam a confiança da população nas instituições de segurança pública.

Além da busca por prisões, a operação busca coletar provas e desmantelar os sistemas de comunicação que possibilitam a continuidade das atividades do grupo. Essa ação conjunta entre diversas agências de segurança é um indicador da seriedade com que as autoridades estão tratando o enfrentamento ao crime organizado, especialmente em uma época em que a violência se tornou uma preocupação crescente na sociedade.

As operações também levantam discussões sobre a necessidade de reformas no sistema penitenciário brasileiro, que ainda enfrenta desafios em relação à superlotação, condições precárias e falta de supervisão adequada, fatores que podem contribuir para que organizações criminosas continuem a se desenvolver dentro das prisões. Netas circunstâncias, a sabedoria popular reflete a realidade de que, sem mudanças estruturais significativas, as quadrilhas poderão se perpetuar.

O ‘Povo de Israel’, que tem se mostrado um dos grupos mais resilientes no mundo do crime organizado, estabelece um alerta sobre a necessidade de uma abordagem mais integrada e eficaz no combate ao crime nas esferas tanto preventiva quanto repressiva. As ações da polícia são uma resposta a esse desafio, mas há uma longa jornada pela frente na luta contra a criminalidade e a corrupção dentro de instituições fundamentais para a segurança da população.

O cenário atual exige um engajamento de todos os setores da sociedade para que iniciativas como essas se tornem cada vez mais efetivas, buscando não apenas a prisão dos criminosos, mas também estudos sociais que compreendam e abordem as raízes do problema. Deste modo, ao falar sobre o Povo de Israel, fala-se também sobre a urgência de uma solução que envolva a educação, o atendimento psicológico e a reintegração dos indivíduos ao convívio social, reduzindo a chance de novos indivíduos ingressarem em atividades criminosas no futuro.

Em atualização…

Fonte: Guia Região dos Lagos

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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