A Polícia Civil está investigando a morte de Ivone Amaral, de 42 anos, que foi encontrada sem vida em sua residência no bairro Cem Braças, em Búzios, região dos Lagos do Rio de Janeiro. O corpo apresentava marcas de ferimentos causados por faca. O caso foi descoberto por um casal que, preocupado com a ausência de Ivone no trabalho por dois dias consecutivos, decidiu verificar sua residência. Ao chegarem ao local, encontraram vestígios de sangue na entrada, o que os levou a entrar na casa e encontrar o corpo da vítima.
A Polícia Militar do 25º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Cabo Frio, foi acionada para realizar os procedimentos necessários e isolou a área para a realização da perícia. O corpo de Ivone foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Cabo Frio para a realização dos exames necessários. A 127ª Delegacia de Polícia de Búzios está trabalhando na investigação do caso, buscando esclarecer as circunstâncias que levaram a essa tragédia.
Esse caso ocorre em um contexto preocupante na Região dos Lagos, onde os feminicídios têm aumentado. Dados do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) de Cabo Frio revelam que, entre janeiro de 2021 e maio de 2022, mais de 800 mulheres foram atendidas devido a diversos tipos de agressões, como violência física, moral e sexual. Além disso, Búzios registrou 71 casos de estupro e 151 casos de violência física contra mulheres durante o mesmo período, de acordo com os números do Instituto de Segurança Pública (ISP).
É importante destacar que esse caso ocorre algumas semanas após o assassinato da argentina Florencia Aranguren, de 31 anos, que foi esfaqueada enquanto fazia uma trilha para a Praia José Gonçalves, em Búzios. Florencia havia se mudado para a cidade há apenas três dias quando foi vítima de 18 facadas. O suspeito do assassinato, Carlos José de França, foi preso em flagrante algumas horas depois do crime.
Diante dessa realidade preocupante, é fundamental que sejam tomadas medidas efetivas para garantir a segurança das mulheres na região. As autoridades policiais precisam intensificar as investigações e punir rigorosamente os responsáveis por esses atos de violência. Além disso, é essencial investir em políticas públicas de combate à violência de gênero e na conscientização da sociedade sobre a importância do respeito e da igualdade entre homens e mulheres.
É fundamental destacar que a violência contra as mulheres é um problema grave que afeta não apenas a região dos Lagos, mas todo o país. É preciso que todos se mobilizem para enfrentar essa questão, denunciando casos de violência e apoiando as vítimas. Somente com o esforço de toda a sociedade será possível construir um futuro onde todas as mulheres possam viver com segurança e dignidade.
(Fonte: Guia Região dos Lagos)