Brasil e Colômbia liderarão crescimento da energia eólica em alto mar

energia eólica offshore

Brasil e Colômbia lideram a expansão da energia eólica offshore na América Latina

A energia eólica offshore (em alto-mar) está se tornando o futuro da indústria pesada em várias partes do mundo, e o Brasil e a Colômbia estão se destacando como líderes na América Latina. Segundo o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), esses dois países têm um grande potencial para desenvolver essa fonte de energia limpa.

De acordo com um relatório do GWEC, o Brasil tem um potencial de 700 GW de energia eólica offshore, com fatores de alta capacidade acima de 52% em áreas costeiras, especialmente nos estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. O país possui portos favoráveis para a implementação dessa tecnologia, mas ainda enfrenta desafios, como a necessidade de regulamentar o setor de forma clara e superar obstáculos políticos.

A Colômbia também tem potencial para implantar 50 GW de capacidade eólica offshore, o que seria uma forma de aumentar sua resiliência e reduzir a dependência da energia hidrelétrica, que está cada vez mais impactada pelas mudanças climáticas e secas causadas pelo El Niño. No entanto, o país precisa estabelecer um quadro político adequado e investir em infraestrutura portuária especializada para viabilizar esses projetos.

No Brasil, a expansão das energias renováveis é considerada crucial para o crescimento industrial, uma vez que as indústrias representam 20% do PIB nacional e consomem uma grande parcela da eletricidade. Empresas como Vale e ArcelorMittal já têm metas ambiciosas para alcançar zero emissões líquidas e utilizar 100% de eletricidade renovável até 2050. A Vale, por exemplo, investe em energia eólica, solar e hidrelétrica para alimentar suas operações de mineração e logística.

Apesar desse potencial, tanto o Brasil quanto a Colômbia enfrentam desafios para o desenvolvimento da energia eólica offshore. No Brasil, o setor precisa de uma regulamentação mais clara e de medidas para superar obstáculos políticos. Já na Colômbia, é necessária a criação de um quadro político adequado e de investimentos em infraestrutura portuária.

O relatório do GWEC destaca que a energia eólica offshore está pronta para um crescimento global nos próximos anos. Em 2023, foram instalados cerca de 10,8 GW de nova capacidade eólica offshore em todo o mundo, elevando o total global para 75,2 GW. A expectativa é que essa indústria continue crescendo até 2030, desde que haja apoio político adequado.

Além do Brasil e da Colômbia, outros países estão se destacando na expansão da energia eólica offshore. A Austrália, o Japão, a Coreia do Sul, as Filipinas, o Vietnã, a Irlanda e a Polônia também estão desenvolvendo políticas e regulamentações favoráveis para estimular o crescimento dessa indústria.

Para alcançar as metas globais de instalação de 380 GW de energia eólica offshore até 2030, o GWEC estima que serão instalados 410 GW de nova capacidade nos próximos dez anos. No entanto, isso dependerá da colaboração entre a indústria e os governos, bem como da criação de políticas e regulamentações simplificadas e eficazes.

O relatório do GWEC destaca que a energia eólica offshore está se tornando uma história global, deixando de ser uma exclusividade da Europa, China e Estados Unidos. Novos mercados estão surgindo e fazendo progresso, superando a categoria de “emergentes”. Esses mercados estão estabelecendo um ambiente favorável para o desenvolvimento eólico offshore em grande escala.

A energia eólica offshore é uma alternativa promissora para a geração de energia limpa e sustentável em todo o mundo. Com o Brasil e a Colômbia liderando a expansão na América Latina, espera-se que outros países sigam o exemplo e invistam nessa fonte de energia renovável.

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