Especialistas ressaltam os benefícios dos parques urbanos para a saúde física e mental das pessoas. Em grandes cidades, como São Paulo, a presença da natureza nesses espaços se torna ainda mais importante, proporcionando um escape da vida urbana e seus estímulos intensos.
A psicóloga Ana Paula Camara explica que a rotina diária em espaços coletivos pode se tornar previsível, mas ao frequentar os parques, encontramos um ambiente imprevisível, o que estimula a lidar de forma saudável com o imprevisto. Além disso, estar ao ar livre melhora o equilíbrio físico e emocional, a criatividade, a cooperação social e a concentração.
A urbanização e a popularização das tecnologias têm isolado as pessoas do contato com a natureza, o que afeta negativamente a saúde mental e emocional de crianças, jovens e adultos. Os parques têm o papel de mitigar esses efeitos, uma vez que proporcionam alívio do estresse e da poluição. A simples visualização da natureza já é capaz de acalmar e ajudar o cérebro a lidar com o cansaço mental causado pelos estímulos urbanos.
Os parques desempenham diversas funções em uma metrópole, como ajudar a regular o clima e a umidade, favorecer a biodiversidade, combater as ilhas de calor e reduzir o barulho do tráfego intenso. Além disso, esses espaços oferecem equipamentos de lazer e vegetação que promovem o bem-estar físico e mental, proporcionando um local de encontro para crianças, jovens e adultos.
No caso das crianças, os parques urbanos são uma ótima alternativa para reduzir o tempo de uso de dispositivos eletrônicos, que podem afetar negativamente a visão dos pequenos. A exposição ao sol nos parques traz benefícios imunológicos, melhora a saúde dos olhos e facilita a produção de vitamina D, essencial para a saúde óssea.
A pediatra Denise Lellis destaca que a exposição ao sol e a prática de atividades físicas estão diretamente relacionadas à longevidade. Além disso, a interação com a natureza aumenta a resistência e a tolerância à frustração, reduzindo os níveis de ansiedade e estresse.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) desenvolve o Programa Criança e Natureza, que busca orientar e inspirar pediatras, famílias e educadores sobre a importância do convívio das crianças com a natureza. A urbanização tem afastado as crianças da natureza, reduzido as áreas verdes e aumentado a poluição. Garantir que as crianças tenham contato com a natureza é responsabilidade de todos.
A cidade de São Paulo oferece diversas opções de parques urbanos para lazer e descanso, como o Parque Ibirapuera, Parque da Independência, Jardim Botânico, Parque Villa-Lobos, Parque da Aclimação, Parque da Água Branca, Parque Ecológico do Tietê, Horto Florestal e Parque Ecológico do Guarapiranga, entre outros.
Para aproveitar melhor esses espaços, é recomendado escolher a atividade de preferência, como caminhadas, corridas, prática de esportes ou simplesmente aproveitar a tranquilidade do ambiente. É importante lembrar também de proteger-se do sol com o uso de protetor solar e levar lanches, já que nem todos os parques possuem lanchonetes. Respeitar as regras locais, como a proibição de churrasqueiras e fogueiras, também é fundamental.
Diante dos benefícios proporcionados pelos parques urbanos, é fundamental valorizar a saúde e o bem-estar em meio a uma sociedade cada vez mais digital. Os seguidores e curtidas nas redes sociais não devem ser mais valorizados do que a própria saúde. Os parques podem ser aliados para combater os efeitos negativos da vida digital e proporcionar um ambiente mais saudável para crianças e adultos.
Portanto, aproveitar os parques urbanos é uma forma de cuidar da própria saúde e melhorar a qualidade de vida. É importante reconhecer a importância desses espaços, tanto para crianças quanto para adultos, e fazer deles parte da rotina, buscando um equilíbrio entre o mundo urbano e a natureza.
