Plataformas Digitais Sob Investigação por Facilitar Predadores Online
Em uma investigação recente, plataformas digitais, incluindo o YouTube, têm sido fortemente criticadas por falhas na proteção infantil. A polêmica começou quando o youtuber Watson, a partir de uma conta recém-criada, realizou uma busca usando o termo “biquíni”. Em poucos cliques, ele se deparou com conteúdos comprometedoramente relacionados a círculos de pedofilia.
Implicações e Medidas Tomadas
Na esteira da denúncia, o influenciador brasileiro Felipe Neto também expôs o funcionamento inadequado da plataforma, destacando a presença de predadores sexuais nos comentários dos vídeos. Neto aproveitou a ocasião para remover de seu canal conteúdos que, segundo ele, poderiam ter contribuído para a propagação desse problema, incluindo reações a videoclipes da jovem cantora MC Melody. A partir dessas revelações, uma reportagem nacional replicou o teste, confirmando que buscas específicas levavam a vídeos recheados de comentários inapropriados sobre menores.
No ano seguinte, em 2020, o YouTube implementou novas regras para tentar conter o problema. Uma das principais medidas foi desativar, por padrão, a seção de comentários em vídeos direcionados ao público infantil. Entretanto, essa decisão trouxe efeitos negativos para criadores de conteúdo jovem, que passaram a enfrentar dificuldades com a monetização de seus vídeos.
Desafios de Monitoramento e Regras Infringidas
As diretrizes de uso do YouTube proíbem expressamente o compartilhamento de conteúdos adultos e a criação de perfis por menores de 13 anos, seja para visualização ou produção de conteúdo. Apesar das restrições, ainda há uma quantidade significativa de vídeos criados por crianças, frequentemente com perfis que utilizam informações falsas de idade, com ou sem consentimento dos pais.
Outras Redes Sociais na Mira
Não é apenas o YouTube que enfrenta esse tipo de problema. Em março de 2023, um caso alarmante trouxe novamente o tema à tona. No Rio de Janeiro, uma menina de apenas 12 anos foi sequestrada por um homem de 25 anos que conheceu no TikTok. A conexão entre eles começou quando a garota tinha apenas 10 anos. Em resposta ao incidente, o TikTok declarou que elimina de forma imediata conteúdos e contas que incentivam o aliciamento de menores assim que toma conhecimento dos fatos, além de notificar as autoridades competentes.
Apesar de medidas serem anunciadas, o desafio de manter as crianças seguras no ambiente digital permanece. As plataformas ainda buscam soluções eficazes para monitorar e regular de forma mais rígida o acesso e a interação de menores em seus serviços.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/08/12/adultizacao-na-web-apontada-por-felca-e-problema-que-ocorre-ha-anos.htm)