Associação denuncia governo por prejudicar mulheres.

Governo trabalha contra mulheres, diz associação

Governo brasileiro é criticado por excluir mulheres em nova campanha

O Ministério da Saúde do Brasil lançou uma nova campanha destinada ao público feminino, mas causou controvérsias ao omitir as palavras “meninas” e “mulheres” em suas comunicações. Outros ministérios, como o do Desenvolvimento e Assistência Social, também reproduziram as peças publicitárias e textos.

A iniciativa tem como objetivo distribuir gratuitamente absorventes nas farmácias populares, visando atender às necessidades das pessoas inscritas no CadÚnico nas faixas etárias de 10 a 49 anos, estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua. No entanto, a Associação MATRIA, que representa mulheres biológicas, criticou a campanha por apagar o gênero feminino em questões específicas ao sexo feminino.

A associação argumenta que, embora a campanha busque promover a inclusão, acaba negligenciando a realidade biológica das mulheres ao tentar atender demandas de homens que reivindicam a nomenclatura “mulher”. Além disso, eles apontaram que a imagem de uma pessoa de aparência masculina, identificada como do sexo feminino pelo contexto, presente em um dos cartões da campanha pode ser um gatilho doloroso para indivíduos em conflito com sua identidade de gênero.

A entidade também criticou a adesão do governo à chamada “cultura woke”, que, segundo eles, prioriza as demandas masculinas em detrimento das femininas. Segundo a associação, essa abordagem é um retrocesso na representação da identidade feminina, desvalorizando e desumanizando as experiências únicas das mulheres biológicas.

Essa não é a primeira vez que o Ministério da Saúde é criticado pelo uso do termo “pessoas que menstruam”. Uma matéria exclusiva do site O Antagonista já havia abordado o tema anteriormente, destacando a preocupação com a “Ideologia de Gênero” em textos oficiais. Essas críticas indicam que o governo atual pode estar se distanciando das expectativas de seu eleitorado, pois o ex-presidente Lula, que recebeu forte apoio feminino nas eleições, agora enfrenta críticas de suas próprias bases.

Para os adeptos da visão radical da cultura “woke”, mulheres biológicas transsexuais devem ser tratadas como homens, e a simples suposição de que apenas mulheres possam menstruar é considerada transfobia. O governo federal, ao adotar esse discurso em textos oficiais, levanta dúvidas sobre sua aderência ao princípio da impessoalidade na administração pública, conforme previsto no Artigo 37 da Constituição Federal.

A associação MATRIA ressalta que o apagamento das palavras referentes ao sexo feminino atende aos desejos de uma parcela do sexo masculino que reivindica a nomenclatura “mulher”. Eles argumentam que, ao dissociar a palavra “mulher” de características exclusivas do sexo feminino, como menstruar, gestar, parir ou amamentar, essa manobra linguística se torna possível. Segundo a associação, esse tipo de postagem do governo está servindo a interesses unicamente masculinos.

A constatação desses problemas é especialmente chocante quando se considera que o governo Lula se elegeu com base no voto das mulheres. Durante sua campanha, foram criados comitês de mulheres e mobilizadas mulheres, sem qualquer menção a outra palavra que descrevesse tal grupo. A alteração na abordagem após as eleições pode ser vista como um estelionato eleitoral e um abandono político da base eleitoral feminina.

Em suma, a nova campanha do Ministério da Saúde que omitiu as palavras “meninas” e “mulheres” tem gerado críticas da Associação MATRIA, que acredita que essa abordagem desvaloriza a identidade feminina e atende a demandas masculinas. A questão do uso do termo “pessoas que menstruam” e a adesão à chamada “cultura woke” alimentam o debate sobre a inclusão e a realidade biológica das mulheres.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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