Amazon postpone o lançamento da nova Alexa para 2025

Amazon adia o lançamento da nova Alexa para 2025

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Adiado lançamento da nova Alexa da Amazon para 2025

Recentemente, a expectativa em torno de uma versão “reformulada” da assistente de voz Alexa gerou entusiasmo entre os fãs de tecnologia e o mercado. A Amazon anunciou que a assistente, famosa mundialmente, receberia novas funcionalidades, prometendo uma interação mais fluida e natural.

Entretanto, conforme o tempo passou, a empolgação começou a diminuir. A gigante da tecnologia havia prometido o lançamento da nova Alexa durante o outono nos EUA, que corresponde à primavera no Brasil. Contudo, já se faz novembro, e a atualização não veio. A desconfiança crescia entre os consumidores e entusiastas, até que uma reportagem da Bloomberg confirmou o adiamento do projeto.

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Segundo a notícia, a nova Alexa, chamada Alexa Remarkable, só deverá ser lançada em 2025, sem uma data definida. O lançamento pode ocorrer em qualquer parte do ano, seja no início, meio ou até mesmo no final do ano seguinte. A Amazon estaria lidando com dificuldades técnicas em relação ao novo dispositivo.

A empresa tinha grandes expectativas, almejando criar uma assistente de voz que pudesse competir com o ChatGPT. No entanto, nos testes, a Alexa enfrentou desafios que foram considerados simples. Houve relatos de que a assistente demorava até seis segundos para responder a perguntas e apresentava problemas para acionar luzes inteligentes.

Ainda segundo a reportagem da Bloomberg, alguns usuários que testaram a nova versão relataram “alucinações” da assistente. Durante as interações, ela fornecia respostas pertinentes, mas também discorria sobre tópicos aleatórios e sem conexão. Embora não seja um problema grave, essa situação foi considerada desnecessária e incômoda.

Imagem ilustrativa sobre o adiamento do lançamento da nova Alexa da Amazon.
A gigante americana adiou o lançamento da novidade para alguma data em 2025 – Imagem: FinkAvenue/iStock

Expectativas para uma Alexa mais autônoma

  • Apesar dos desafios enfrentados, a equipe da Amazon se mantém confiante quanto ao futuro da nova assistente.
  • Durante uma teleconferência a respeito dos resultados do terceiro trimestre, Andy Jassy, CEO da Amazon, expressou otimismo ao afirmar que a nova geração de assistentes e aplicativos de inteligência artificial não apenas responderá perguntas de maneira eficaz, mas também terá a capacidade de executar ações.

“Acredito que a próxima geração desses assistentes de voz e aplicativos de IA generativa será mais eficiente em responder perguntas, resumir, indexar e agregar informações, além de ser capaz de tomar decisões e realizar ações,” disse Jassy.

  • O CEO ainda afirmou que a Amazon está trabalhando para “reestruturar o cérebro” da Alexa utilizando um novo conjunto de modelos.
  • Ele também confirmou que detalhes sobre a nova versão serão anunciados “em um futuro próximo”.
  • Segundo Jassy, a Alexa Remarkable será mais “agentic”, um termo usado na inteligência artificial generativa para se referir a bots que podem operar quase como agentes autônomos.
  • Esses novos bots poderão realizar uma quantidade maior de tarefas e tomar decisões complexas, como agendar compromissos, redigir e-mails ou até mesmo fazer pedidos de refeições por meio de aplicativos.
  • Além disso, espera-se que a nova versão da Alexa proporcione interações mais naturais, eliminando a necessidade de invocá-la a cada vez que o usuário deseja falar.
  • No entanto, todas essas melhorias ainda estão em fase de testes e ajustes, o que significa que aspectos importantes podem não fazer parte do produto final.
Imagem representativa discutindo as novas funcionalidades que a Alexa irá oferecer.
A ideia é que a nova IA da Alexa seja capaz de executar tarefas mais complexas, como agendar compromissos e comprar ingressos, por exemplo – Imagem feita com Inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E

Novos modelos de assinatura

A Amazon já definiu que a versão aprimorada de sua assistente de voz será comercializada por meio de planos mensais de assinatura.

Currentemente, a Alexa já está presente em mais de 500 milhões de residências ao redor do mundo, mas, paradoxalmente, sua operação não é lucrativa. Segundo informações do The Wall Street Journal, a Amazon amargou perdas de 25 bilhões de dólares em sua divisão de dispositivos desde 2017.

Parte do problema está relacionado a uma estrategia equivocada. A Amazon comercializou suas caixas Echo a preços que cobriam apenas o custo de produção, na expectativa de que os consumidores utilizariam a assistente para adquirir outros produtos da empresa.

Contudo, essa expectativa não se concretizou, resultando em um uso da Alexa predominantemente para funções básicas e gratuitas, como alarmes e consulta de previsões do tempo.

Mais um exemplo da interface da Alexa em uma casa inteligente.
Existe uma grande expectativa em torno do que a nova Alexa será capaz de fazer – Imagem: MAHATHIR MOHD YASIN/Shutterstock

Para reverter essa situação, a Amazon optou por implementar uma cobrança entre 5 e 10 dólares pela nova versão da Alexa. A empresa, contudo, manterá disponível o plano gratuito da versão antiga da assistente.

Entretanto, há quem argumente que essa estratégia pode não funcionar e que a maioria das pessoas optará por continuar utilizando a versão gratuita. A Amazon, no entanto, possui outras prioridades no momento, sendo a mais crucial garantir que a nova versão funcione adequadamente. Posteriormente, questões sobre monetização poderão ser debatidas.

As informações foram coletadas do site The Verge.

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Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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