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Ação utiliza arte para despertar consciência sobre crise do clima

arte crise climática

Mobilização Criativa para Conscientização sobre Mudanças Climáticas no Brasil

Discutir sobre as mudanças climáticas é um desafio, e a arte pode ser uma valiosa aliada na abordagem desse complexo tema. Considerando os eventos climáticos extremos que têm afetado o Brasil, o projeto Megafone Ativismo promove uma mobilização em todos os estados da Amazônia Legal e no Distrito Federal, em alusão ao Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, que se observa no dia 16 de março.

Esta data, que foi formalmente estabelecida pela Lei nº 12.533/2011, visa incentivar debates e ações em prol da proteção dos ecossistemas do Brasil, frente à crise climática. Contudo, a maioria da população ainda não está ciente dessa importante commemoracão, mesmo com o país sendo afetado de maneira significativa pela mudança climática.

Arte que representa a crise climática em Belém durante a mobilização do Megafone Ativismo
Ação em Belém. Foto: Megafone Ativismo | Divulgação

Visando ampliar a conscientização sobre a urgência do tema e a importância de lidarmos com suas causas, assim como a adaptação que já está em andamento, a iniciativa propõe criar murais artísticos em fachadas externas, especialmente em escolas e instituições de ensino. A ideia central é servir da arte como um meio de educação e mobilização social, sublinhando o papel essencial dos povos indígenas na busca por soluções para a crise climática.

A criação dos murais inclui a frase “Consciência climática para sustentar o céu”, uma citação do livro “Queda do Céu” de Davi Kopenawa, que é presidente da Hutukara Associação Yanomami e uma influente voz indígena na defesa dos povos originários e da floresta. Os murais estão sendo desenvolvidos por dez coletivos de estados como Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e do Distrito Federal, reforçando o protagonismo da juventude e da expressão artística na luta contra as mudanças climáticas.

Ação artística em Mato Grosso ressaltando a crise climática
Ação em Mato Grosso. Foto: Megafone Ativismo | Divulgação

No âmbito da programação, diferentes ações ocorrerão por várias regiões. Em Brasília, entre os dias 13 e 14 de março, o Coletivo Tumultos trabalhará na criação de um mural na lateral do CEF Doutora Zilda Arns, um local com significativa história ligada ao Quilombo Mesquita, área que foi desapropriada para a edificação da capital federal. Com essa obra, o coletivo deseja não apenas reviver essa memória quilombola, mas também estabelecer um vínculo com o cultivo consciente e a agricultura familiar.

Em Porto Velho, no sábado, dia 15, o Coletivo Madeirista realizará uma obra de arte complexa composta por diversas técnicas com múltiplas camadas de significados e imagens. Uma indígena será retratada, acompanhada da frase HUTUMSÝSI YÃMAKÈ HUERI PIHIO, que traduz-se como “céu nós segurar queremos”. O restante do mural incluirá representações de árvores em diferentes formas, onde nas extremidades estarão desfolhadas, em preto e cinza, com imagens de fogo e incêndio a serem colocadas em lambes.

Ação artística em São Luís abordando a temática da crise climática
Ação em São Luís. Foto: Megafone Ativismo | Divulgação

Em Manaus, até o dia 15, o Coletivo Artivismo realizará uma pintura que refletirá uma história de resistência e luta pelo meio ambiente, além de destacar uma artivista indígena que está continuamente engajada em busca de melhorias para seu povo e para a floresta. Além disso, no dia 17, o coletivo distribuirá adesivos e cartilhas aos alunos da escola adjacente ao mural.

No Rio Branco, no dia 14 de março, o movimento Jovens do Futuro criará um mural, enquanto exibe o último episódio da websérie “Empates pela Amazônia de Pé”, que contará com um bate-papo socieducativo com os alunos, que contribuirão de forma coletiva para a realização do mural.

Ação em São Luís, destacando as vozes indígenas e a crise climática
Ação em São Luís. Foto: Megafone Ativismo | Divulgação

Em São Luís, os artistas do Coletivo Reocupa prestarão uma homenagem à floresta e aos saberes ancestrais, convocando todos a refletirem sobre seu papel no mundo, usando a frase do livro de Kopenawa. Em uma parceria com a IRI Brasil – Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais – será exibido o documentário “Amazônia Viva” aos estudantes, proporcionando uma experiência de 360º com o uso de óculos de realidade virtual.

Representação da ação artística em São Luís, enfatizando a crise climática
Ação em São Luís. Foto: Megafone Ativismo | Divulgação

Em Boa Vista, entre os dias 14 e 16 de março, o Instituto Maku-X irá criar um mural que ilustra um personagem imerso em contemplação diante da degradação ambiental, com uma floresta preservada ao fundo, simbolizando a necessidade urgente de conscientização sobre as questões climáticas.

Em Palmas, no dia 15, o Coletivo Unidos Por Um Mundo Melhor também contribuirá com um mural que abordará a crise climática que ameaça a Amazônia, enquanto promove discussões nas comunidades sobre a mudança climática.

Mural em Belém representando a crise climática, parte da ação do Megafone Ativismo
Ação em Belém. Foto: Megafone Ativismo | Divulgação

Finalmente, em Belém, a frase “Consciência Climática para segurar o céu” foi complementada com grafismos indígenas. Os artivistas indígenas And Santtos (@andsanttos.odivelismo) e Tai Silva (@ixe_tai), com o apoio de Iacy Anambé (@ginecologianaturalamazonica), Rubens Santa Brígida (@rubenssantabrigida), Genesis Amanaci (@indigena.comunista) e Christian (@p1l4ntra), realizaram, em grafite, uma representação da encantada indígena Kyanumaka da tradição Tupinambá, em conjunto com elementos que ilustram a crise climática.

Arte em Belém com temática indígena e crise climática
Ação em Belém. Foto: Megafone Ativismo | Divulgação

O projeto não apenas promove a conscientização sobre a crise climática, mas também dá voz aos grupos marginalizados, destacando a importância da arte como ferramenta de transformação social.

Para mais informações sobre o evento, acesse a fonte: CicloVivo.

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