Quatro capitais devem registrar temperaturas recordes nesta quinta-feira
A onda de calor que vem atingindo o Brasil nos últimos dias está longe de acabar. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os temporais devem continuar até esta sexta-feira, principalmente no norte do Rio Grande do Sul e no Paraná. No entanto, as chuvas intensas não são a única preocupação, o calor extremo também é motivo de alerta.
Após uma semana com temperaturas acima da média, espera-se que a onda de calor atinja seu pico nesta quinta-feira, 16. Brasília, Goiânia, São Paulo e Vitória são as cidades mais afetadas e devem registrar máximas que variam entre 36°C e 42°C, quebrando o recorde de calor do ano. Além disso, 15 estados e o Distrito Federal estão em alerta de grande perigo devido ao calor intenso.
A intensidade dessa onda de calor é atribuída a um El Niño intenso e aos efeitos do aquecimento global. Embora seja comum ter ondas de calor na primavera, este ano o fenômeno está sendo ainda mais acentuado. Isso tem resultado em um aumento significativo nas temperaturas e maior exposição à radiação solar.
Várias capitais brasileiras também estão enfrentando altas temperaturas acima da média. Em Curitiba, por exemplo, mesmo sem bater recorde, espera-se que a temperatura chegue a 32ºC durante o ápice da onda. Já em Campo Grande e Vitória, as máximas previstas são de 39°C e 37°C, respectivamente, o que pode marcar o maior calor do ano nessas cidades.
A meteorologista do Climatempo, Maria Clara Sassaki, afirmou em entrevista ao G1 que, após o pico da onda de calor, as temperaturas devem começar a baixar gradualmente. A previsão é que o estado de São Paulo seja o primeiro a sentir essa queda, seguido pelo restante do Brasil ao longo da próxima semana.
No entanto, mesmo com a diminuição das temperaturas, a meteorologista alerta sobre os temporais previstos para sexta e sábado. Principalmente na região Sudeste, no Paraná há previsão de fortes chuvas e tempestades. Isso ocorre devido à chegada de uma frente fria, que irá quebrar a sequência de dias quentes e secos.
O bloqueio causado pela massa de ar seco e quente também está provocando tempestades no Sul do Brasil. As últimas previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que as áreas de instabilidade devem se manter entre quinta e sexta-feira.
Os maiores acumulados de chuva são esperados nas regiões norte do Rio Grande do Sul e sul do Paraná, onde alguns locais podem registrar mais de 100 milímetros diários. Além disso, são previstas rajadas de vento acima de 90 km/h e queda de granizo em algumas localidades.
É importante ressaltar que essa onda de calor está diretamente relacionada aos fenômenos climáticos globais, como o El Niño e o aquecimento global. Esses problemas têm se agravado nos últimos anos devido às atividades humanas que contribuem para o aumento do efeito estufa.
Diante desse cenário, é fundamental que sejam adotadas medidas de adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Isso inclui o investimento em energias renováveis, políticas públicas para a redução das emissões de gases do efeito estufa e a conscientização da população sobre a importância de se preservar o meio ambiente.
Portanto, diante das altas temperaturas e do risco de eventos climáticos extremos, é essencial que todos estejam atentos e se protejam, buscando se hidratar adequadamente, evitar a exposição ao sol nos horários de pico e tomar os devidos cuidados para evitar incêndios florestais.
Precisamos agir agora para evitar que situações como essas se tornem cada vez mais frequentes e prejudiciais à sociedade e ao meio ambiente. O combate às mudanças climáticas é responsabilidade de todos e exige ações imediatas e significativas.