GPS, GLONASS e Galileo são sistemas de navegação por satélite (GNSS) que determinam a localização geográfica de objetos em tempo real. Essas tecnologias estão presentes em dispositivos que vão de celulares a equipamentos militares.
O GPS (Global Positioning System) é um sistema de navegação por satélite introduzido pelos Estados Unidos em 1978. A tecnologia foi desenvolvida inicialmente para fins militares, mas se tornou amplamente utilizada em aplicações civis (para o público em geral). O GPS é o GNSS mais usado em celulares e carros.
O GLONASS é uma sigla russa para “Sistema Global de Navegação por Satélite”. A tecnologia foi introduzida pela Rússia em 1982. O sistema foi desenvolvido para atender a propósitos militares, mas passou a ser usado em aplicações civis com o avanço da tecnologia, estando amplamente presente em celulares atualmente.
Por sua vez, o Galileo é o sistema global de navegação por satélite da União Europeia. O serviço entrou em operação em 2016 como uma iniciativa voltada a aplicações civis, o que explica a sua existência em celulares. A tecnologia também atende a agências governamentais. O nome é uma referência ao astrônomo italiano Galileu Galilei.
Os sistemas de navegação por satélite GPS, GLONASS e Galileo se diferenciam em características como número de satélites em operação, precisão da localização e países operadores.
O GPS foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos a partir de 1973 e iniciou suas operações em 1978. Já o GLONASS começou a ser desenvolvido em 1976 pela então União Soviética e começou a operar em 1982. Ambos os projetos tinham uso militar inicialmente, mas passaram a atender a aplicações civis.
O Galileo foi criado pela União Europeia por meio da Agência Espacial Europeia (ESA) com o objetivo de reduzir a dependência da Europa em relação ao GPS e GLONASS. Diferentemente dos outros dois sistemas, o Galileo foi projetado desde o início para fins civis.
Em relação ao número de satélites, o GPS foi projetado para trabalhar com 32 unidades, mas exige pelo menos 24 para funcionar adequadamente. O GLONASS foi projetado para operar com 24 satélites, mas pode funcionar com menos unidades. Já o Galileo foi projetado para operar com 30 satélites, mas também pode operar com um número inferior. A cobertura de cada sistema também varia, mas todos atingem o nível global com mais de 20 satélites em operação.
Em termos de precisão, o GPS tem um desempenho médio de 4,9 metros, enquanto o GLONASS varia entre 5 e 10 metros, e o Galileo tem uma precisão tipicamente inferior a 5 metros, podendo chegar a menos de 1 metro em certas condições.
Quanto à altitude dos satélites, o GPS opera em altitudes próximas a 20.200 km, o GLONASS opera em altitudes próximas a 19.100 km, e o Galileo opera em altitudes próximas a 23.200 km.
Em relação à compatibilidade, o GPS é o sistema mais comumente encontrado em dispositivos como celulares e carros, seguido pelo GLONASS. O Galileo, por ser o sistema mais recente, ainda não é tão popular quanto os outros dois, mas está ganhando espaço gradualmente.
No que diz respeito à finalidade de uso, o GPS e o GLONASS foram inicialmente desenvolvidos para fins militares, mas hoje são amplamente utilizados tanto em aplicações militares quanto civis. O Galileo, por outro lado, foi criado exclusivamente para aplicações civis.
É possível usar GPS e GLONASS ao mesmo tempo em alguns dispositivos, como certos smartwatches da Garmin, para melhorar a precisão da localização e a cobertura geográfica.
Estudos indicam que a combinação do GPS com o GLONASS ou o Galileo pode aumentar a precisão em certas aplicações, especialmente no campo científico. No entanto, o uso simultâneo do GPS e do GLONASS pode aumentar o consumo de energia do dispositivo, já que os dois sistemas funcionam em frequências diferentes.
Além do GPS, GLONASS e Galileo, existem outros sistemas de navegação por satélite, como o BeiDou da China, o QZSS do Japão e o NavIC da Índia, cada um com suas características e finalidades específicas.
Em resumo, o GPS, GLONASS e Galileo são sistemas de navegação por satélite que têm diferenças em termos de países criadores, número de satélites, cobertura, precisão, altitude dos satélites, compatibilidade e finalidades de uso. Cada sistema tem suas próprias vantagens e características, mas todos eles têm o objetivo de fornecer precisão e localização em tempo real.