Cabo Frio: Falta de recursos financeiros ameaça a APAE de Cabo Frio

Assistidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) em Cabo Frio podem estar prestes a enfrentar uma grave situação com o iminente fechamento da instituição, que se deve à falta de repasses financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) provenientes da Secretaria de Saúde.

De acordo com informações recentes, a ausência desses repasses tem afetado o pagamento dos colaboradores, que estão com seus salários atrasados. Essa situação coloca em risco a continuidade dos serviços de atendimentos terapêuticos oferecidos pela instituição.

A APAE depende exclusivamente dos repasses estatais para a manutenção dos serviços fundamentais para pessoas neurodivergentes, sendo especialmente crucial para aqueles que não possuem condições financeiras para arcar com atendimentos particulares. Os representantes da instituição alertam que, caso a regularização dos pagamentos não ocorra, os importantes atendimentos podem ser suspensos, resultando na falta de suporte terapêutico para muitos assistidos.

A situação financeira da APAE surge em um momento de instabilidade no município de Cabo Frio, onde funcionários públicos, principalmente da área da saúde, têm enfrentado atrasos em seus salários. Esse cenário tem gerado uma série de manifestações na cidade, com trabalhadores reivindicando soluções para a falta de pagamento e a precariedade nos serviços públicos.

Na última segunda-feira (9), novos protestos foram registrados, com servidores tentando dialogar com representantes da Secretaria de Saúde, mas sem conseguir sucesso. O município foi abordado sobre a atual situação, contudo, até o presente momento, não houve resposta.

A reportagem também buscou informações junto à prefeitura sobre a ausência de repasse para a APAE e as razões para os atrasos nos pagamentos relacionados ao SUS, mas ainda aguarda um retorno.

Com o cenário se agravando, a APAE se vê em uma posição vulnerável, onde a falta de financiamentos compromete não só o pagamento de seus funcionários, mas também a qualidade e a continuidade do atendimento aos que mais precisam. A possibilidade de fechamento da instituição representa um retrocesso significativo nos direitos de acesso ao tratamento adequado para pessoas com necessidades especiais na região.

Isso levanta a preocupação de que muitos usuários que dependem desses serviços possam ficar sem suporte, o que poderia impactar negativamente no desenvolvimento e na qualidade de vida dessas pessoas. Pais e responsáveis estão mobilizados, buscando soluções e apoio, na esperança de que as autoridades competentes possam agir imediatamente para resolver essa situação crítica.

Os relatos de funcionários e assistidos destacam a importância da APAE não apenas como uma instituição de tratamento, mas como um lugar de acolhimento e apoio, onde cada indivíduo recebe a atenção necessária para o seu desenvolvimento. O fechamento poderia significar o fim de um espaço que há anos contribui para o bem-estar da comunidade.

A situação da APAE de Cabo Frio, portanto, não é apenas um problema financeiro; trata-se de uma questão que envolve direitos humanos, que deve ser monitorada de perto por toda a sociedade. A luta para garantir os repasses adequados ao órgão deve ganhar visibilidade e apoio, reforçando a necessidade de priorizar a saúde e a educação para todos, independentemente das condições financeiras.