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Denúncias Sobre a Merenda Escolar em Cabo Frio Geram Protestos
Desde o início da terceirização da merenda nas escolas municipais de Cabo Frio, a qualidade do serviço tem sido alvo de diversas denúncias por parte de funcionários e da comunidade escolar. O tema já foi amplamente debatido, chegando a ser barrado por meio de um decreto, porém a administração municipal seguiu com o contrato. Uma das principais preocupações é com a situação dos funcionários que antes integravam a equipe da prefeitura e agora estão sob a responsabilidade da empresa terceirizada, que alterou suas cargas horárias.
Um grupo de merendeiras denunciou condições precárias de trabalho, incluindo dificuldades de comunicação com os responsáveis pela empresa, bem como a falta de um vínculo formal de emprego, visto que muitas delas ainda não tiveram suas carteiras de trabalho assinadas. “Estamos atuando sem registro desde o dia 14 e já enviamos a documentação diversas vezes, mas sempre nos dizem para aguardar”, relatou uma das funcionárias, expressando sua insatisfação.
A situação coloca essas trabalhadoras em uma posição de vulnerabilidade, uma vez que não têm acesso a direitos trabalhistas básicos, como cobertura em casos de acidentes e remuneração mensal. Além do mais, muitas delas têm arcar com despesas de transporte, já que a empresa não forneceu passagens.
As condições de trabalho agravam ainda mais o cenário, com jornadas de 44 horas semanais e a falta de registros. As cozinheiras relatam que o aumento da demanda dificultou a organização do trabalho, resultando em mais desperdício de alimentos. Além disso, elas expressam preocupações com a saúde dos alunos, devido ao armazenamento inadequado de alimentos, lembrando de um recente incidente na Escola Municipal Professora Ciléa Maria Barreto, localizada no Jardim Peró, onde alunos apresentaram mal-estar.
“Antes, havia um controle rigoroso no manuseio dos alimentos. Atualmente, estamos observando um grande desperdício e a qualidade da merenda despencou”, comentou outra funcionária. Ao questionarem sobre a formalização do vínculo empregatício, as trabalhadoras relatam terem sido tratadas de forma desrespeitosa por uma representante da empresa, conhecida como Jordana. De acordo com os relatos, ela costuma responder com sarcasmo e desprezo: “Cozinheiras estão sendo tratadas como se fossem analfabetas, sem qualquer respeito. Já estamos há 20 dias sem registro e, quando indagadas sobre os pagamentos, são recebidas com deboche”, afirmou uma das denúncias. “Quer receber por telepatia, só pode”, teria respondido Jordana quando questionada sobre o salário.
Frente a essa situação alarmante, as merendeiras estavam organizando uma paralisação e um ato de protesto para esta terça-feira (29). Contudo, após conseguir estabelecer contato com um dos responsáveis pela empresa, Cristiano Celazani, ele garantiu que irá revisar cada caso e criar uma força-tarefa com o setor de Recursos Humanos para regularizar a situação até quarta-feira (30).
Em declarações ao Portal RC24h, Celazani, da HCM Comércios e Serviços, empresa encarregada da alimentação escolar, detalhou que existem problemas relacionados à documentação de algumas colaboradoras, o que causou as pendências. Ele ressaltou que estão em processo de contato com aquelas que ainda não enviaram a documentação ou que a enviaram em boa qualidade.
Sobre a questão do vale-transporte, ele esclareceu que algumas funcionárias informaram dados bancários incorretos, o que atrasou o repasse, uma situação que está sendo tratada com atenção. “É importante destacar que todas as nossas colaboradoras passaram pelo ASO no ato da contratação, garantindo seus direitos trabalhistas e seguridade, já que o contrato de trabalho é datado conforme o exame admissional. Estamos em diálogo com nossas funcionárias para resolver esses problemas com total urgência”, afirmou.
No que diz respeito às alegações de desrespeito por parte de Jordana, a empresa se comprometeu a realizar uma reunião com a equipe técnica local para investigar e corrigir qualquer comportamento inadequado. “Somos um grupo empresarial que conta com mais de 3.000 colaboradores, sempre pautado pela ética e pelo zelo em relação a todos!”, finalizou Cristiano.
A Prefeitura Municipal também foi acionada para comentar o caso, mas não respondeu até o momento.
Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos
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