Alunos da Escola Municipal Professora Ciléa Maria Barreto apresentam mal-estar após merenda e água
Pais e responsáveis por crianças matriculadas na Escola Municipal Professora Ciléa Maria Barreto, localizada no Jardim Peró, em Cabo Frio, relataram que várias crianças passaram mal depois de consumirem a merenda e a água fornecidas pela escola nesta quinta-feira (24). Os sintomas observados incluem febre e vômito, o que resultou na suspensão das atividades escolares até que a análise dos produtos alimentares e da água seja finalizada.
Uma mãe, que preferiu não revelar sua identidade, compartilhou que sua filha, de apenas 4 anos, precisou ser levada ao hospital após se sentir mal na instituição de ensino. Conforme seu relato, a menina apresentou vômito no colégio e, durante a noite, desenvolveu febre alta, necessitando de atendimento emergencial. No hospital, a criança recebeu soro e foi submetida a exames de sangue para determinar a causa dos sintomas. “Aparentemente, pode ter ocorrido uma contaminação na água ou na merenda da escola,” disse.
Na tarde da sexta-feira (25), a administração da escola enviou um aviso aos responsáveis por meio de um comunicado no WhatsApp, informando sobre a suspensão das aulas. A decisão foi tomada pela Secretaria de Educação do município como uma medida de precaução até que a “análise das amostras de água e alimentos coletados na unidade fosse concluída”. Além disso, os pais foram orientados a buscar suas crianças que ainda estavam na escola naquele momento.
Em razão dos acontecimentos, o Portal RC24h contatou tanto a prefeitura quanto a Prolagos, a concessionária encarregada do fornecimento de água e do tratamento de esgoto na cidade, buscando informações sobre a situação dentro da escola. Acesse para mais detalhes. Em resposta, a Prolagos informou que manteve contato com a prefeitura, que foi acionada para coletar amostras no local na manhã da sexta-feira (25). Foi verificado que todos os parâmetros de qualidade da água, até o ponto do hidrômetro, estavam dentro dos limites estabelecidos como normais.
Nota da Prolagos:
“A concessionária declara que está em contato com o município e que foi acionada para realizar a coleta de amostras na manhã desta sexta-feira (25), onde foi percebido que todos os parâmetros de qualidade até o hidrômetro estão dentro da normalidade. A empresa ainda destaca que a qualidade da água fornecida é monitorada 24 horas diariamente, atendendo todas as exigências de qualidade do Ministério da Saúde. A Prolagos implementa uma rotina de controle da qualidade que abrange coletas diárias de pontos estratégicos e análises laboratoriais, totalizando mais de quatro mil exames por mês.”
Sobre o incidente, a prefeitura de Cabo Frio emitiu uma nota refutando a ideia de que houvesse algum problema com a merenda escolar. Eles sublinharam que a investigação se concentrou na qualidade da água.
Nota da Prefeitura:
“A Prefeitura de Cabo Frio afirma que as informações sobre problemas com a merenda na referida escola são infundadas. Nesta sexta-feira (25), a Secretaria Municipal de Educação decidiu suspender temporariamente as aulas na Escola Municipal Professora Ciléia Barreto, no Jardim Peró, após relatos de mal-estar entre os alunos. A Secretaria está averiguando a possibilidade de que a água utilizada na unidade tenha contribuído para os problemas de saúde.”
“A Prolagos, responsável pela distribuição de água no município, foi acionada para realizar testes de potabilidade. Também está previsto que uma vistoria completa na cisterna e na caixa d'água da escola seja realizada. As aulas permanecerão suspensas até que os resultados das análises sejam disponibilizados. Até o presente momento, sete crianças, incluindo três da mesma família, foram atendidas na emergência do Hospital Otime Cardoso dos Santos, todas apresentando quadro de saúde estável”.
A situação envolvendo os alunos da Escola Municipal Professora Ciléia Barreto levantou preocupações quanto à segurança alimentar e à qualidade da água consumida nas escolas da região. O episódio ressalta a importância da vigilância constante sobre as condições dos alimentos e da água fornecidos aos estudantes, especialmente em instituições de ensino onde a saúde das crianças é fundamental.
As autoridades educacionais e de saúde devem garantir que medidas rigorosas sejam implementadas para evitar futuras ocorrências de mal-estar entre os alunos. A realização constante de testes de qualidade, acompanhamento das condições de armazenamento da merenda e a promoção de práticas de higiene adequadas são ações essenciais para manter a saúde e o bem-estar de todos os estudantes.
Enquanto aguardam os resultados das análises, os pais permanecem preocupados e vigilantes, buscando informações oficiais sobre a saúde de suas crianças e a segurança do ambiente escolar. A expectativa é que os órgãos competentes cumpram com suas responsabilidades de forma ágil e eficaz, assegurando um ambiente seguro para a educação e o desenvolvimento saudável dos alunos.