Bruxelas experimenta turbina eólica apropriada para áreas urbanas

Bruxelas testa turbina eólica adequada para cidades

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Mini turbina eólica instalada em Bruxelas
A mini turbina pode ser instalada no teto de um prédio, gerando energia para residências. | Foto: Renewind

Iniciativa em Bruxelas para Diversificar Fontes de Energia

O projeto de gerar energia renovável a partir dos telhados urbanos em Bruxelas visa não só a diminuição dos custos de eletricidade para os moradores, mas também a promoção de uma prática sustentável. Embora muitos pensem imediatamente em energia solar, a administração municipal de Bruxelas está agora explorando a viabilidade da produção de energia eólica em ambiente urbano, buscando diversificar as fontes de energia limpa disponíveis à população.

A capital belga recentemente destinou um investimento de 6 mil euros para a instalação de uma nova mini turbina eólica em uma edificação localizada na Avenue de l’Héliport, no distrito de Laeken. Este projeto inicial envolve a instalação de até dez turbinas eólicas no telhado desse mesmo prédio, refletindo um esforço para avaliar a eficácia dessa tecnologia em áreas urbanas.

Turbina eólica de pequeno porte em Bruxelas
Foto: Renewind

Desenvolvido pela startup Renewind, esse novo equipamento é projetado para otimizar a utilização da aceleração do vento na borda dos telhados, fenômeno que pode garantir uma produção de energia variando entre 1 e 3 MWh por ano.

Turbina eólica em ambiente urbano
Foto: Renewind

De acordo com Benoît Hellings, vereador de Bruxelas responsável pelo Clima, “a tecnologia das turbinas eólicas urbanas provavelmente permitirá a geração de eletricidade durante todo o ano, com produção estável e previsível”. Essa afirmação reforça a intenção da administração em explorar as capacidades de tais tecnologias em um contexto urbano, onde os desafios são diferentes em relação a áreas mais abertas.

No entanto, existem obstáculos a serem superados, uma vez que a irregularidade dos ventos nas cidades e a interferência causada pelos edifícios podem dificultar a implementação generalizada da geração de energia eólica residencial. Contudo, em regiões menos ensolaradas, mas que são constantemente atingidas por correntes de ar, essa modalidade pode se apresentar como uma alternativa válida. A intenção da Bélgica é testar essa tecnologia em diferentes localidades, com o objetivo de expandi-la por todo o território nacional.

Pesquisas sobre Energia Eólica Urbana

Um estudo realizado pelo Instituto de Energia e Ambiente em parceria com o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) traz novos insights sobre a viabilidade da energia eólica em áreas urbanas. Contrariando a ideia de que apenas grandes turbinas em áreas abertas podem gerar energia, a pesquisa focou em aerogeradores de pequeno porte instalados em um edifício localizado no coração de São Paulo, revelando que ventos urbanos, embora variáveis e turbulentos, podem ser aproveitados para a geração de energia renovável.

Durante o período de análise, de 2014 a 2018, a velocidade média do vento registrada no local foi de 3,92 m/s, com os melhores resultados ocorrendo entre setembro e novembro. O aerogerador Proven 2.5 se destacou, prevendo uma produção anual estimada de 4.330 kWh, suficiente para abastecer duas residências. No entanto, o preço elevado dos equipamentos importados, cerca de R$ 43 mil, representa um desafio significativo, resultando em um retorno sobre o investimento estimado em 16 anos.

A despeito do Brasil figurar como o oitavo país em capacidade de geração de energia eólica, as pesquisas relacionadas a turbinas de pequeno porte são escassas. Novas regulamentações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) possibilitam que consumidores gerem e forneçam energia renovável, aumentando a participação da geração distribuída. Entretanto, as mini turbinas eólicas correspondem atualmente a apenas 0,3% desse total, reflexo da falta de dados acerca da dinâmica dos ventos nas áreas urbanas.


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Fonte: Guia Região dos Lagos

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