No início da manhã da quarta-feira, dia 25, as autoridades policiais confirmaram a identidade da vítima de um homicídio brutal dentro da Boate Zero Meia, um local notório pela prática da prostituição, que se localiza no bairro Baixo Grande. A vítima, identificada como Emerson Paschoal D'Assunção, de 29 anos, era popularmente conhecido na região pelo apelido de “Negão das Casinhas”. Ele foi alvo de múltiplos tiros após tentar buscar abrigo nas dependências da boate.
Testemunhas relataram que dois homens encapuzados chegaram à boate em uma motocicleta e imediatamente começaram a disparar contra Emerson, que se encontrava na companhia de amigos. Embora seus acompanhantes tenham conseguido se refugiar a tempo, ele buscou abrigo no interior do estabelecimento, onde foi cercado por indivíduos associados ao Comando Vermelho (CV) e, infelizmente, foi assassinado.
A gerente do estabelecimento, Alexsandra da Silva Santos, foi quem acionou a equipe policial após descobrir o corpo sem vida de Emerson. Ao chegarem ao local, os policiais militares confirmaram o falecimento e isolaram a área para que a perícia pudesse realizar os devidos procedimentos. Emerson era residente da comunidade Minha Casa Minha Vida, na cidade de Cabo Frio, e tinha um histórico criminal que incluía acusações relacionadas a tráfico de drogas e posse irregular de armamento.
A remoção do corpo foi efetuada pelos Bombeiros de São Pedro da Aldeia. O caso foi registrado na 125ª Delegacia de Polícia (DP) e agora está sob investigação por parte da Polícia Civil. Até o presente momento, os responsáveis pela execução ainda não foram identificados, e a motivação por trás do assassinato continua a ser analisada pelas autoridades competentes. Informações iniciais indicam que o homicídio pode estar vinculado a disputas territoriais entre facções criminosas que atuam na área.
Essa execução traz à tona a crescente onda de violência ligada ao tráfico de drogas na região, assim como a presença de grupos criminosos que estão em constante conflito. O clima de insegurança tem gerado preocupações entre os moradores locais, que clamam por maior efetivação de ações por parte das autoridades para conter a criminalidade.
As boates e outros estabelecimentos do tipo enfrentam desafios constantes com a violência relacionada ao tráfico, o que gera um ambiente de medo e insegurança tanto para os trabalhadores quanto para os frequentadores desses locais. O caso de Emerson D'Assunção se junta a uma lista alarmante de assassinatos semelhantes, que têm se tornado cada vez mais comuns em várias partes do Brasil.
Familiares e amigos da vítima expressaram sua indignação nas redes sociais, lembrando de Emerson como uma pessoa que, apesar de ter enfrentado dificuldades, era querido por muitos na comunidade. A tristeza pela perda de Emerson, que teve uma vida marcada por experiências difíceis, agora se mescla à revolta contra a impunidade que muitas vezes permeia casos desse tipo.
A investigação segue em andamento, com as autoridades solicitando que qualquer pessoa que possua informações úteis sobre o caso entre em contato com a polícia. A busca por justiça para a família da vítima e a identificação dos responsáveis pelo crime permanecem como prioridades para a Polícia Civil, que espera trazer esclarecimento em um caso que chocou a comunidade local.
Além dos esforços para resolver este crime em específico, outras ações têm sido sugeridas por lideranças locais para abordar a violência na região, incluindo programas de prevenção ao uso de drogas e iniciativas sociais que busquem oferecer alternativas à população mais vulnerável.
A natureza brutal deste homicídio ressalta a necessidade urgente de um diálogo mais estreito entre a comunidade e as forças de segurança, visando soluções eficazes para a crise de segurança que assola muitas áreas metropolitanas do Brasil. A luta contra o tráfico de drogas, os conflitos entre facções e a violência decorrente dessa guerra são desafios que requerem a atenção de toda a sociedade.
Fonte: Guia Região dos Lagos
