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Turbina eólica inovadora é instalada na unidade da BMW no Reino Unido
A energia eólica se apresenta como uma das alternativas essenciais na transição para fontes de energia mais sustentáveis. Contudo, as grandes turbinas, utilizadas para converter a força do vento em eletricidade, também trazem impactos negativos. Em resposta, pesquisadores e empresas ao redor do mundo têm criado turbinas menores e mais silenciosas, com designs inovadores que podem ser introduzidos em países europeus e outras regiões do planeta.
A startup americana Aeromine desenvolveu uma turbina eólica “sem movimento”, capaz de gerar eletricidade renovável em grande escala. Essa tecnologia está sendo testada no Reino Unido, especificamente na fábrica Mini da BMW, localizada na cidade de Oxford.
O dispositivo possui uma estrutura quadrada com 3 metros de altura que capta o vento que se movimenta horizontalmente ou para baixo em relação ao telhado do edifício. Aerofólios em formato de asa, projetados especialmente, criam um vácuo atrás da unidade, forçando o ar para cima através de uma câmara que aciona um ventilador, gerando assim energia elétrica.
Na unidade da montadora, já está em funcionamento um dos maiores parques solares do Reino Unido, com mais de 11 mil painéis que cobrem uma área equivalente a cinco campos de futebol, gerando eletricidade suficiente para abastecer aproximadamente 850 casas durante um ano.
Entretanto, os painéis solares têm desempenho inferior durante o inverno e à noite. A turbina da Aeromine apresenta uma solução promissora, pois tem a capacidade de gerar eletricidade nessas condições, como destacou a BMW em um comunicado oficial.
Os testes que estão sendo realizados em Oxford são apenas o início de um possível uso em larga escala dessa tecnologia. Um aspecto positivo do equipamento é a sua infra-estrutura, que não conta com partes móveis visíveis, minimizando assim o impacto nas fauna local, especialmente aves e morcegos, frequentemente afetados pela ação das lâminas tradicionais das turbinas.
Além disso, a estrutura sem lâminas reduz significativamente os ruídos e vibrações, minimizando assim a poluição sonora que poderia ser gerada durante a operação. A eficiência do sistema também é aumentada devido à otimização da velocidade do vento, com cada unidade tendo uma capacidade de 5 kW, semelhante ao que seria gerado por cerca de 16 painéis solares, mas ocupando um espaço muito menor para funcionar.
A tecnologia por trás do sistema, embora recente na aplicação prática, foi patenteada em 2015 por Carsten Westergaard, um especialista dinamarquês em energia eólica. Em 2022, após intensas pesquisas e evolução do produto, Carsten uniu forças com os empreendedores Martin Manniche e David Asarnow, resultando na fundação da Aeromine.
David Asarnow, em uma entrevista ao canal do YouTube Just Have a Think, mencionou que, conforme a empresa atinge escalas produtivas, há a expectativa de que o dispositivo consiga gerar mais eletricidade a custos inferiores em comparação a painéis solares equivalentes.
Claus Lønborg, CEO da Aeromine, explica que sua tecnologia de energia eólica “imóvel” foi projetada para complementar sistemas solares, maximizando assim a produção de energia renovável em telhados e ao mesmo tempo mitigando problemas como ruído, vibrações e riscos à vida selvagem.
As soluções propostas pela startup envolvem a instalação de entre 20 e 40 turbinas na borda de um edifício, alinhadas de forma a captar o vento de sua direção predominante. Com sede em Houston, Texas, a Aeromine recentemente completou uma rodada de financiamento no valor de US$ 9 milhões e tem como ambição expandir suas turbinas eólicas para telhados ao redor do mundo.
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