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Chatuba Lança Programa de Reciclagem de Embalagens de Tinta no Rio de Janeiro
Dados indicam que a construção civil é responsável por 54% dos resíduos gerados em todo o mundo. Portanto, a reavaliação dos métodos construtivos, dos materiais utilizados e a adoção de ações voltadas para a circularidade na indústria são ações primordiais para promover um futuro mais sustentável. Os esforços são diversos, abrangendo políticas públicas, compromissos das empresas e a conscientização dos consumidores.
Com essa perspectiva, a Chatuba, empresa especializada em materiais de construção, introduziu o programa “Chatuba Mais Recicla”, que se alinha a iniciativa da Suvinil, chamada Suvinil Circula. O intuito principal é incentivar o descarte adequado de embalagens de tintas, sejam vazias ou com resíduos, sem restrições de marca.
A Diretora Presidente da Chatuba, Dalva Sousa, comenta: “Essa é a primeira ação de grande relevância que realizamos com um enfoque na sustentabilidade. Nossa meta é sensibilizar nossos clientes e colaboradores sobre a importância do descarte responsável e da preservação ambiental.”
O projeto será implementado inicialmente em quatro lojas físicas da Chatuba localizadas no Rio de Janeiro, nomeadamente em Nilópolis, Nova Iguaçu, Tijuca e Dutra, onde haverá pontos de coleta para embalagens usadas. A seleção dessas lojas foi baseada em seus volumes elevados de vendas de tintas, com o objetivo de maximizar o impacto da ação. A expectativa da Chatuba é não só diminuir a quantidade de resíduos, mas também aumentar a conscientização ambiental entre seus clientes.
Os clientes que estão cadastrados no programa de benefícios “Chatuba Mais” e realizarem o descarte de forma correta poderão usufruir de descontos escalonados na aquisição de novas latas de tinta. Atualmente, para cada entrega feita nos locais de coleta, independentemente do número de embalagens, cada consumidor receberá um desconto de R$ 30 na compra de uma tinta da marca Suvinil.
Dalva adiciona: “A iniciativa Chatuba Mais Recicla é mais um passo no fortalecimento da responsabilidade socioambiental da nossa empresa, que planeja ampliar o programa para todas as unidades e buscar parcerias com outras indústrias a fim de incluir novos materiais no projeto.”
Suvinil Circula: Iniciativa em Prol da Sustentabilidade
Desde sua implementação em 2022, o programa Suvinil Circula já conseguiu coletar mais de 50 toneladas de resíduos. Este total inclui 28 toneladas direcionadas para recuperação e outras 18 toneladas que foram encaminhadas para coprocessamento. Além disso, os esforços resultaram na redução do consumo de água em mais de 14 mil litros, e houve uma diminuição nas emissões de CO2 de mais de 195 mil kg, assim como uma redução no consumo de energia elétrica de mais de 6,8 mil kWh.
Andrea Mitsiko, gerente de sustentabilidade da Suvinil, afirma: “Com o Suvinil Circula, conseguimos nos conectar ainda mais com o consumidor e o conceito de pós-consumo. Estamos empolgados em trazer essa ação para o Rio de Janeiro, juntamente com a Chatuba. Acreditamos que parcerias como essa são exemplos que podem motivar o setor a avançar em direção à sustentabilidade.”
A Necessidade Urgente da Economia Circular
Recentemente, o Brasil instituiu a Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec), um decreto que visa a transição do modelo de produção linear para um modelo circular. Essa mudança implica na promoção de um uso eficiente dos recursos naturais e na adoção de práticas sustentáveis ao longo de toda a cadeia produtiva.
No que diz respeito à América Latina e Caribe, um relatório da Coalizão Empresarial para a região aponta que são geradas aproximadamente 541 mil toneladas de lixo diariamente. A previsão é que esse volume aumente em 25% até 2050, se mantido o modelo econômico atual. Esta região é responsável por cerca de 10% das emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE), ao mesmo tempo em que registra um drástico declínio da biodiversidade, com uma redução de 94%, superando qualquer outra região do mundo desde 1975.
Enquanto a maior parte dos esforços em prol do clima se concentram na transição energética, essa abordagem pode abarcar apenas 55% das emissões. O restante, que é essencial para cumprir os objetivos do Acordo de Paris, somente será tratado através da mudança para uma economia circular. O modelo produtivo atual é caracterizado por desperdício, com práticas ainda consideradas poluentes e prejudiciais aos sistemas naturais; a economia circular é justamente o modelo que busca romper com esse ciclo nocivo.
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