A adoção de veículos elétricos importados no Brasil está em constante crescimento. No primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 646%, chegando a um total de 400 milhões de dólares. Apenas no mês de abril, o país importou 40,9 mil novos veículos elétricos da China, entre elétricos puros e híbridos, uma cifra 13 vezes maior do que no mesmo mês de 2023. O Brasil já é o segundo maior mercado de exportação de veículos elétricos para a China, ficando atrás apenas da Rússia.
Nos últimos anos, houve diversos lançamentos de marcas de veículos elétricos no Brasil, como Volvo, BYD, Renault e Ford. Esses carros são silenciosos, equipados com tecnologia avançada e muito confortáveis.
Além disso, em breve, marcas chinesas como BYD e GWM iniciarão a produção desses veículos no Brasil, com fábricas já quase prontas para entrar em operação.
Os veículos elétricos contribuem significativamente para a transição energética, uma vez que não emitem gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. Nas cidades, esses veículos também ajudam a reduzir a poluição atmosférica, o que é especialmente importante em locais onde os índices de poluição do ar estão acima do recomendado, como é o caso da cidade de São Paulo.
Outra vantagem dos veículos elétricos é a redução da poluição sonora. A diminuição do barulho gerado pelos veículos proporciona um grande alívio para os ouvidos das pessoas e dos animais.
Além disso, a adoção de veículos elétricos também se estende à substituição de ônibus, furgões e caminhões movidos a diesel, que costumam ser ainda mais prejudiciais à saúde e ao meio ambiente do que os veículos movidos a gasolina.
É inegável que a mobilidade sustentável é uma meta desejável. No entanto, é importante considerar as características específicas do Brasil ao tomar decisões sobre a produção de veículos. O álcool combustível, também conhecido como etanol, é uma importante fonte de energia no país e contribui para equilibrar as emissões de gases de efeito estufa. O plantio de cana-de-açúcar, principal matéria-prima do etanol, absorve o carbono liberado durante a sua utilização como combustível. Portanto, a produção de veículos movidos a etanol também é uma opção a ser considerada pelas montadoras.
Em um mercado como o do Brasil, que é tão grande, existem espaço para diversas opções de veículos sustentáveis, desde que todas elas tragam benefícios para a sociedade. Os veículos híbridos, que combinam eletricidade e etanol, podem ser uma excelente opção, principalmente considerando as limitações de infraestrutura de abastecimento elétrico no país. Os eletropostos ainda são poucos e não seriam capazes de atender uma demanda crescente por veículos 100% elétricos em um curto espaço de tempo.
Além das decisões mercadológicas, é fundamental que haja políticas públicas consistentes para apoiar essa transição para a mobilidade sustentável. O investimento no transporte público é essencial, pois é o meio de transporte que alcança a maioria dos cidadãos.
Devemos lembrar que a busca pela mobilidade sustentável não é apenas uma tendência global, mas também uma necessidade urgente para combater as mudanças climáticas e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, o Brasil está avançando na adoção de veículos elétricos, e a produção nacional desses veículos será mais um passo importante nessa direção.