Nordeste bate sucessivos recordes de energia eólica

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Nordeste comemora recordes consecutivos de geração de energia eólica

O Nordeste do Brasil alcançou mais um marco importante na produção de energia eólica. No início de agosto, às 5h48, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou a geração de 19.083 MW de potência, equivalente a 180,4% da demanda da região naquele momento. Esse número seria suficiente para abastecer não apenas todo o Nordeste, mas também os estados do Rio de Janeiro e Goiás.

Esse foi o segundo recorde consecutivo na produção de energia eólica em 2024. Em 23 de julho, às 21h09min, havia sido registrado a produção de 19.028 MW, correspondente a 152,8% da demanda do submercado. Esses números mostram a crescente capacidade do Nordeste em utilizar a energia dos ventos para suprir suas necessidades energéticas.

Vale destacar que esses recordes estão sendo alcançados durante a “temporada dos ventos”, que compreende os meses de julho a setembro, quando os ventos são mais intensos e consistentes. Esse período é favorável para a geração de energia eólica, e, portanto, é possível que novos registros máximos sejam alcançados nas próximas semanas.

Esses recordes refletem a capacidade do Nordeste em aproveitar o potencial dos ventos para a geração de energia limpa e renovável. Atualmente, a matriz energética brasileira é composta por 88% de fontes renováveis, sendo que metade da energia gerada vem de fontes hidrelétricas. Além disso, as energias eólica, solar e biomassa também têm contribuído significativamente para suprir a demanda do país.

No primeiro semestre de 2024, o Brasil consumiu 71.317 megawatts médios de energia, o que representa um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento está relacionado ao uso mais intenso de equipamentos de ar-condicionado nos dias mais quentes e ao desempenho dos setores de Saneamento, Serviços e Comércio, que apresentaram aumento no consumo de energia.

Para suprir essa demanda crescente, as energias renováveis têm se mostrado cada vez mais importantes. No primeiro semestre deste ano, a energia hidrelétrica forneceu mais de 54 mil MW médios, um aumento de 2,4% em relação ao ano passado. Já as energias eólica, solar e biomassa geraram mais de 15 mil MW médios.

De acordo com projeções do ONS, a expectativa é que até 2027 as fontes renováveis representem 89% da matriz energética brasileira. As fontes solares, eólicas e mini e microgeração distribuída devem chegar a 38% do total.

Os recordes consecutivos de geração de energia eólica no Nordeste são um sinal positivo do avanço do Brasil rumo a uma matriz energética mais sustentável. A exploração do potencial dos ventos tem se mostrado uma estratégia eficiente para suprir a demanda crescente de energia, ao mesmo tempo em que reduzimos nossa dependência de fontes não renováveis e mitigamos os impactos ambientais.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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