Jogos climáticos: Os recordes que não queremos quebrar
As Olimpíadas são uma oportunidade para superar os limites humanos e estabelecer novos recordes mundiais. No entanto, o WWF (World Wide Fund for Nature) ressalta que os recordes climáticos que o planeta tem batido recentemente não são os que queremos bater. Aquecimento recorde, perda de biodiversidade e derretimento dos glaciares representam uma ameaça à nossa própria sobrevivência.
Segundo Manuel Pulgar-Vidal, chefe global de clima e energia do WWF, assim como os atletas mostram conquistas incríveis nas Olimpíadas, os líderes políticos também devem demonstrar a mesma determinação de colocar o clima e a natureza no topo da agenda política.
A organização ambiental lançou um vídeo destacando os recordes climáticos sem precedentes que foram quebrados em 2023. Comentários desportivos se sobrepõem a imagens de eventos climáticos extremos, mostrando a gravidade da situação.
De acordo com o vídeo, 2023 foi o ano mais quente já registrado, com inúmeros recordes de temperatura e eventos climáticos extremos em todo o mundo. Entre os registros destacados estão os incêndios no Pantanal, o ciclone tropical mais longo já registrado em Moçambique, os maiores incêndios registrados na Grécia pela União Europeia e novos recordes de calor na França, China, Tailândia, Bangladesh, Haiti, Peru, entre outros locais.
O calor intenso também preocupa os atletas que competem nos Jogos de Paris. Um relatório intitulado “Rings of Fire” destaca o risco real de que os recordes de temperaturas registrados durante os últimos Jogos Olímpicos de Tóquio sejam ultrapassados em Paris.
Outro estudo publicado pela Nature Cities mostra que as ondas de calor na Europa estão aumentando, resultando em um aumento de 57% no número de pessoas expostas em comparação com a década de 2000-2009. Nas áreas urbanas, os impactos desses eventos extremos são particularmente sentidos devido ao chamado efeito ilha de calor urbano, causado pela falta de vegetação e pelo excesso de impermeabilização do solo. O estresse térmico causado pelas ondas de calor é a principal causa de mortes prematuras relacionadas ao clima no continente.
No entanto, soluções eficazes estão ao nosso alcance. O desenvolvimento de infraestruturas verdes urbanas é uma das melhores formas de mitigar o aquecimento global nas cidades e fornecer serviços ecossistêmicos. Essas soluções baseadas na natureza replicam processos naturais e têm o potencial de combater a crise climática.
“Mudar de jogo é possível. Temos as soluções para combater a crise climática: no ano passado registramos um crescimento recorde na produção de energias renováveis. Agora temos que quebrar esse recorde ano após ano, promovendo a eficiência energética e a descarbonização da indústria. Nosso planeta precisa de um esforço pela medalha de ouro”, conclui Pulgar-Vidal.
É crucial que tomemos medidas urgentes para enfrentar a crise climática e evitar que novos recordes climáticos devastadores sejam quebrados. Ações individuais e políticas globais são necessárias para garantir um futuro sustentável para o nosso planeta. A conscientização e a ação coletiva são fundamentais para superar os desafios climáticos e criar um mundo melhor para as gerações futuras.
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Imagem: Reprodução
Fonte: [Guia Região dos Lagos](https://ciclovivo.com.br/planeta/crise-climatica/jogos-climaticos-os-recordes-que-nao-queremos-quebrar/)