Esportistas solicitam que Coca-Cola e Pepsi priorizem reutilização de embalagens

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Atletas pedem à Coca-Cola e Pepsi mais reutilização de embalagens

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão prestes a se tornar o maior evento esportivo a servir bebidas em embalagens reutilizáveis. Essa iniciativa tem como objetivo substituir cerca de 13 milhões de recipientes plásticos descartáveis. Dessa forma, centenas de atletas assinaram uma carta aberta dirigida às empresas Coca-Cola, Pepsi e engarrafadora Coca-Cola Europacific Partners, pedindo por um mundo com mais embalagens reutilizáveis e menos plástico de uso único.

Na carta, assinada por 11 organizações esportivas e 102 atletas de elite de 43 esportes e 30 países, é feito um apelo para que as empresas se inspirem nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 e aumentem significativamente o uso de embalagens reutilizáveis em suas operações até 2030.

As organizações destacam que a reciclagem, por si só, não será capaz de resolver a crise da poluição plástica. Apenas 9% de todos os resíduos plásticos gerados até hoje foram reciclados. Portanto, é necessário reduzir a produção de plástico de uso único e apostar em embalagens reutilizáveis. A cada ano, 325 milhões de quilos de resíduos plásticos chegam aos oceanos.

A campanha é liderada pelas organizações Sailors for the Sea, vinculada à Oceana, e EcoAthletes. A carta é apoiada por diversas organizações ambientais.

De acordo com um estudo da Oceana, se houver um aumento de 10% no uso de embalagens de bebidas reutilizáveis em todo o mundo até 2030, mais de 1 bilhão de garrafas e copos plásticos descartáveis poderão ser eliminados, impedindo que até 153 bilhões dessas embalagens cheguem aos cursos d’água e aos oceanos.

A carta pede que a Coca-Cola e a Pepsi se comprometam a oferecer a reutilização como opção a todos os seus clientes em nível global e aumentem significativamente o uso de embalagens reutilizáveis até 2030. Além disso, as empresas são instadas a garantir que os futuros Jogos Olímpicos e outros grandes eventos esportivos substituam embalagens descartáveis por opções reutilizáveis e a defender a inclusão de metas e mecanismos para aumentar o número de embalagens reutilizáveis nas legislações nacionais e no Tratado Global Contra a Poluição Plástica.

É importante ressaltar que o Brasil é o maior produtor de plástico da América Latina, com cerca de sete milhões de toneladas produzidas anualmente. Desse total, aproximadamente três milhões de toneladas são de itens de uso único, que acabam poluindo os oceanos, rios e aterros. Para combater essa poluição, mais de 80 organizações da sociedade civil se uniram na campanha “Pare o Tsunami de Plástico”, que apóia o Projeto de Lei 2524/2022, em tramitação no Senado, e defende a implementação de uma economia circular para o plástico no país.

As mudanças propostas pelos atletas e organizações esportivas são fundamentais para combater a crise da poluição plástica e garantir um futuro mais sustentável. Resta agora aguardar a resposta das empresas Coca-Cola e Pepsi e torcer para que elas se comprometam com a reutilização de embalagens e com a redução do uso de plástico de uso único.

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