Alunos de enfermagem enfrentam problemas com curso não reconhecido pelo MEC em Cabo Frio
Alguns estudantes do curso de enfermagem oferecido pelo Centro Politécnico Rosane Tito (CPRT) no segundo distrito de Cabo Frio, estão passando por dificuldades após descobrirem que o curso não é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo relatos, os alunos foram enganados durante o processo de inscrição, sendo informados de que o curso era reconhecido pelo MEC e pelo Sistec, quando na verdade não era.
Além disso, os estudantes estão enfrentando problemas na obtenção dos diplomas e certificados prometidos, bem como na obtenção de documentos necessários para transferência para outros cursos. A situação tem causado preocupação e frustração entre os alunos. Uma aluna, que preferiu não se identificar, relata: “Somos três turmas. Quando nos matriculamos, fomos informados que o curso era reconhecido pelo MEC e pelo Sistec. No entanto, descobrimos que isso não era verdade após uma denúncia feita na internet”.
O CPRT, que é administrado pela pré-candidata a vereadora Rosane Tito, oferece cursos na área da saúde, como enfermagem, ambulatório, imobilização, auxiliar de saúde bucal, entre outros. Além da falta de reconhecimento oficial, os alunos que desejam mudar de centro de formação estão encontrando dificuldades para obter o histórico escolar e outros documentos necessários para a regularização profissional.
Alguns estudantes afirmam que a instituição está se recusando a fornecer a documentação, o que impossibilita a transferência para outras instituições de ensino para dar continuidade aos estudos. “Os alunos não estão conseguindo se formar, não estão conseguindo ter acesso ao histórico. Ela está negando dar o nosso histórico, tanto assinado ou não assinado por ela. Fizemos uma reunião, fomos lá tentar pegar o nosso histórico, fomos barrados pela advogada dela”, relata a denunciante.
A situação se agrava ainda mais quando os alunos buscam a proprietária da instituição para obter respostas. Segundo relatos, a proprietária tem adiado a entrega dos certificados diversas vezes, justificando a burocracia ou alegando perda de documentos.
Além das questões acadêmicas, os alunos também estão preocupados com o investimento financeiro feito no curso. Apesar de pagarem mensalidades em torno de R$ 300, existe o risco de não conseguir validar o curso devido à falta de reconhecimento pelas instituições educacionais. Isso significa que o tempo e o dinheiro investidos podem ter sido desperdiçados.
Diante desse cenário, os alunos prejudicados estão se unindo para tomar medidas legais e levar o caso à Justiça. Enquanto isso, Rosane Tito, a administradora do CPRT, alega que tudo não passa de politicagem. Até o momento, ela não se manifestou sobre as acusações.
É importante ressaltar que a formação em enfermagem requer um curso reconhecido pelo MEC para que o profissional possa exercer a profissão de forma legal e segura. Os alunos que estão passando por essa situação devem buscar informações sobre seus direitos e buscar orientação jurídica para resolver esse impasse.
Caso semelhantes a esse reforçam a importância de verificar a regularidade dos cursos antes de se matricular. É fundamental pesquisar sobre a instituição de ensino, sua reputação e se o curso é reconhecido pelo MEC. Essas medidas ajudam a evitar transtornos e prejuízos futuros.
É lamentável que alunos tenham que passar por essa situação de incerteza e falta de reconhecimento por parte da instituição de ensino. Espera-se que os responsáveis pela instituição possam resolver essas pendências o mais breve possível, garantindo que os estudantes tenham acesso aos seus documentos e consigam continuar seus estudos de forma adequada e legal.
