Estudo identifica ‘três ameaças’ aos oceanos

peixe cardume

Estudo aponta ‘ameaça tripla’ aos oceanos

Em junho, mês do meio ambiente, celebramos também o Dia Mundial dos Oceanos, em 8 de junho. Infelizmente, a data é um momento para lembrar das ameaças que os mares vêm enfrentando e da urgência em cuidar melhor do planeta e dos ecossistemas marinhos, afetados pela ação humana. Um estudo revelou que os oceanos enfrentam uma “ameaça tripla”: de perda de oxigênio, calor extremo e acidificação.

Cientistas descobriram que com a intensificação do aquecimento global, as espécies marinhas estão em uma pressão crescente pela sobrevivência, com até 20% dos oceanos do mundo afetados por estas ameaças.

“O oceano está cada vez mais quente, mais ácido e perdendo oxigênio por causa das mudanças climáticas. Além desta tendência, aumentos repentinos de temperatura ou quedas de pH ou oxigênio afetam negativamente os organismos marinhos que não conseguem se adaptar rapidamente a essas condições extremas”, afirma o estudo.

O primeiro estudo deste tipo descobriu eventos extremos, com duração de 10 a 30 dias, formados por colunas verticais de água em altas latitudes e nos trópicos. O resultado destes eventos é a redução do espaço habitável em até 75%.

De acordo com o estudo, aquecimento global, causado principalmente pelo uso de combustíveis fósseis pela humanidade, fez com que eventos compostos nos 300 metros superiores do oceano fossem seis vezes mais intensos e durassem três vezes mais do que no início da década de 1960.

“Os impactos disto já foram vistos e sentidos. É provável que eventos extremos intensos como estes voltem a acontecer no futuro, impactando os ecossistemas e a pesca em todo o mundo”, explica Joel Wong, pesquisador da ETH Zürich e principal autor do estudo.

À medida que a temperatura dos oceanos aumenta, isso não afeta apenas a vida marinha, mas também a intensidade das tempestades tropicais. O aumento da temperatura nas águas oceânicas aumenta a intensidade de chuvas, ventos e outros eventos em terra.

A absorção de dióxido de carbono e calor pelos oceanos tem outras consequências: o carbono leva ao aumento da acidez dos oceanos, ao mesmo tempo que esgota os níveis de oxigênio. Isso empurra peixes e outras espécies para fora dos seus habitats e dissolve as conchas dos organismos marinhos.

O estudo, “Extremos de colunas no oceano global”, foi publicado na revista AGU Advances. Para conferir o estudo completo, clique AQUI.

É alarmante perceber que os oceanos estão enfrentando uma “ameaça tripla”. O aquecimento global está causando mudanças significativas na temperatura, acidez e níveis de oxigênio dos oceanos, o que coloca em risco a sobrevivência de diversas espécies marinhas. Além disso, eventos extremos estão se tornando mais intensos e duradouros, impactando negativamente os ecossistemas marinhos e a pesca em todo o mundo.

Esses dados apenas reforçam a urgência de tomarmos ações concretas para combater as mudanças climáticas e preservar os oceanos. É preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa, buscar fontes de energia renovável e promover a conscientização sobre a importância dos oceanos para o equilíbrio do nosso planeta.

Além disso, é essencial criar áreas marinhas protegidas, onde as espécies possam se refugiar e se recuperar dos impactos causados pela atividade humana. A pesca sustentável também deve ser priorizada, garantindo que as comunidades que dependem do oceano para sua subsistência tenham condições de continuar trabalhando de forma responsável.

Não podemos mais ignorar as ameaças que os oceanos enfrentam. É hora de agir e garantir um futuro saudável para os mares e para as futuras gerações. A preservação dos oceanos é fundamental para a manutenção da vida na Terra. Precisamos agir agora!

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