Geração própria de energia solar bate recorde no Brasil
A geração própria de energia solar no Brasil alcançou um marco histórico, ultrapassando a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica.
O país conta atualmente com mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012, foram investidos cerca de R$ 142,5 bilhões na implementação desses sistemas, o que gerou mais de 870 mil empregos verdes acumulados nesse período. Esses investimentos também contribuíram para uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 42,3 bilhões.
A tecnologia fotovoltaica está presente em 5.545 municípios e em todos os estados brasileiros, ajudando a reduzir os custos para todos os consumidores de energia elétrica no país. Com a queda de cerca de 50% no preço médio final dos painéis solares, tornou-se ainda mais atrativo e acessível para os consumidores brasileiros de diferentes perfis.
Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento exponencial da geração própria de energia solar mostra a popularização da tecnologia no Brasil. Ele ressalta que o momento é ótimo para investir em sistemas solares em residências, empresas e propriedades rurais, considerando que o país possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica.
O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que o crescimento da geração própria solar fortalece não apenas a sustentabilidade, mas também a economia das famílias e a competitividade dos setores produtivos brasileiros. Além disso, ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, a tecnologia fotovoltaica contribui para a confiabilidade e a segurança do sistema elétrico.
Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu as diretrizes de cálculo dos custos e benefícios da geração distribuída, de acordo com a Resolução nº 2/2024. Essas diretrizes visam a criação de um mecanismo de tarifação justa, completa e transparente aos brasileiros, conforme determinado pela Lei nº 14.300/2022.
Um estudo encomendado pela Absolar e realizado pela consultoria especializada Volt Robotics apontou que a geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos gerará uma economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031. Os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional.
Esses números mostram o enorme potencial da geração própria de energia solar no Brasil, que além de contribuir para a redução dos gastos com energia elétrica, fortalece a transição energética global e promove a sustentabilidade ambiental. O investimento em sistemas solares é uma escolha inteligente e cada vez mais acessível para os consumidores brasileiros que desejam economizar, preservar o meio ambiente e contribuir para a construção de um futuro energético mais limpo e sustentável.
