Ourolux encerra comercialização de lâmpadas contendo mercúrio

lâmpadas

O uso de lâmpadas fluorescentes tem sido motivo de preocupação devido à presença de mercúrio em sua composição, que representa um risco tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana. No entanto, uma solução tem surgido no mercado: as lâmpadas de LED, que são mais modernas e eficientes em termos energéticos.

Enquanto a União Europeia está tomando medidas rigorosas para restringir o uso de lâmpadas de mercúrio, incluindo a proibição de iluminação fluorescente até 2026, no Brasil, a empresa Ourolux adotou uma abordagem ainda mais ambiciosa. A empresa anunciou que irá extinguir sua linha de lâmpadas fluorescentes com mercúrio até 2024, antecipando um acordo celebrado na Convenção de Minamata, que envolve 140 países e determinou o fim da comercialização deste tipo de produto até 2025.

Essa decisão da Ourolux teve início há cinco anos, com a redução progressiva das lâmpadas de mercúrio no mercado. A empresa passou de vender 15 milhões de unidades por ano para apenas 3 milhões em 2022. Além de promover a preservação ambiental, o objetivo é incentivar o uso das lâmpadas de LED entre os consumidores, uma vez que elas consomem menos energia, têm uma vida útil mais longa e não contêm mercúrio em sua composição. Além disso, as lâmpadas de LED favorecem o processo de logística reversa, facilitando seu descarte adequado.

De acordo com dados divulgados pela Universidade de São Paulo (USP), o consumo de energia elétrica destinado à iluminação no Brasil representa aproximadamente 16% do total gerado no país, com um aumento durante o período noturno. As lâmpadas de LED têm potencial para reduzir em até 85% o valor da conta de luz quando comparadas às tecnologias tradicionais, além de possuírem a mesma intensidade de iluminação, uma durabilidade até três vezes maior e não emitirem radiação UV.

Para entender melhor as vantagens das lâmpadas de LED em relação às lâmpadas fluorescentes, um comparativo pode ser feito:

Lâmpada fluorescente:
– Consumo: 15w.
– Lúmens (intensidade de luz): 800.
– Durabilidade: 8 mil horas.
– Preço: R$ 11,00.

Lâmpada de LED:
– Consumo: 9w.
– Lúmens (intensidade de luz): 800.
– Durabilidade: 25 mil horas.
– Preço: R$ 8,00.

“Acreditamos que é nossa responsabilidade liderar pelo exemplo, adotando práticas sustentáveis que beneficiem não apenas nossos clientes, como também toda a sociedade. Ainda estamos cientes de que promover ações como essa não é uma escolha, mas sim necessidade imperativa para as gerações presentes e futuras”, destaca Roberto Saheli, CEO da Ourolux.

Além do consumo consciente de energia, há também a questão do descarte adequado das lâmpadas fluorescentes. Muitas vezes, elas são jogadas no lixo comum, o que pode levar à contaminação do solo e da água pelo mercúrio. Devido à presença desse metal em sua composição, as lâmpadas fluorescentes requerem um descarte em coletores especiais.

No Brasil, estima-se que sejam geradas cerca de 206 milhões de unidades de resíduos de lâmpadas fluorescentes anualmente. No entanto, apenas 6% desse total é descartado adequadamente, conforme revelado por um artigo técnico publicado em 2014 pela revista Engenharia Sanitária Ambiental, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES).

A decisão da Ourolux de extinguir a venda de lâmpadas fluorescentes com mercúrio é uma medida importante para o meio ambiente e para a saúde pública. Ao adotar as lâmpadas de LED, os consumidores têm a oportunidade de economizar energia, reduzir impactos ambientais e contribuir para um futuro mais sustentável. É preciso conscientizar a população sobre a importância dessas escolhas e incentivar a adoção de práticas que beneficiem a todos.

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