Reflorestamento na região amazônica inclui agrofloresta
A empresa IHS Brasil, parte do grupo IHS Holding Limited, firmou um compromisso de recuperar a floresta em uma área equivalente à usada pelo seu programa de construção de torres em 2021. Em parceria com o Idesam, uma ONG ambiental que atua na região amazônica, a empresa optou por uma compensação ambiental que inclui a implementação de sistemas agroflorestais, uma técnica que combina árvores nativas e culturas agrícolas. O objetivo é restaurar a área degradada e promover uma economia inclusiva e sustentável na região.
De acordo com o Idesam, a área reflorestada tem um potencial estimado de captura de carbono de 2.286 toneladas de CO2. O projeto envolveu o plantio de mais de 17 mil mudas em nove hectares de terra. Entre as espécies escolhidas estão os pés de café, que se adaptam bem ao ambiente agroflorestal, proporcionando uma boa safra e renda para os agricultores da cidade de Apuí, onde vivem mais de 20 mil pessoas.
Apuí, localizado no estado do Amazonas, apresenta altas taxas de desmatamento e é considerado uma área estratégica para o desenvolvimento da produção cafeeira em pequena escala. Além do plantio de café, também estão previstas ações de reflorestamento em mais quatro hectares de áreas degradadas, com o plantio de aproximadamente 7,9 mil mudas.
A adoção de sistemas agroflorestais é uma maneira eficaz de conciliar a produção agrícola com a preservação ambiental. Essa técnica permite que as culturas agrícolas se desenvolvam sob a sombra das árvores, oferecendo proteção contra o sol intenso e melhorando as condições do solo. Além disso, a diversidade de espécies presentes no sistema agroflorestal contribui para a conservação da biodiversidade e a recuperação de ecossistemas fragilizados.
O projeto realizado pela IHS Brasil e Idesam é um exemplo de iniciativa que busca promover o desenvolvimento sustentável da região amazônica, proporcionando benefícios econômicos para as comunidades locais e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, a parceria entre a empresa e a ONG mostra a importância da cooperação entre o setor privado e organizações não governamentais na busca por soluções para os desafios socioambientais.
A implementação de sistemas agroflorestais também pode ser uma alternativa para reduzir a pressão sobre as florestas nativas, pois permite a produção de alimentos e a geração de renda de forma sustentável. Além disso, a diversificação das atividades agrícolas por meio da agrofloresta proporciona maior resiliência aos produtores, que têm mais opções de cultivo e podem enfrentar melhor os desafios climáticos e econômicos.
O sucesso desses projetos depende do engajamento e apoio de todos os envolvidos, desde os agricultores locais até as empresas e governos. Além do reflorestamento, é necessário investir em capacitação e assistência técnica para os agricultores, garantindo que eles tenham conhecimento e recursos para implementar as técnicas agroflorestais de forma eficiente.
Em um cenário de crescente preocupação com as mudanças climáticas e a degradação ambiental, a adoção de práticas sustentáveis como a agrofloresta se torna cada vez mais importante. Além de proporcionar benefícios ambientais, sociais e econômicos, essas iniciativas contribuem para a conservação da biodiversidade e para a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais.
A parceria entre a IHS Brasil e o Idesam é um exemplo inspirador de como é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Espera-se que mais empresas e organizações sigam esse exemplo, buscando soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios enfrentados pela região amazônica e pelo planeta como um todo. Afinal, a preservação da floresta e a busca por modelos de desenvolvimento sustentável são responsabilidades de todos.
