Museu estreia exposição não se fantasia com indígenas”

Museu inaugura instalação “indígena não é fantasia”

Museu inaugura instalação “indígena não é fantasia”

Em São Paulo, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) está realizando uma série de atividades gratuitas em fevereiro para celebrar a diversidade e a identidade cultural dos povos indígenas. A programação inclui a exibição de uma instalação artística que propõe uma reflexão sobre a representação dos indígenas no Carnaval, contação de histórias, lançamentos literários e a projeção de um documentário seguido de bate-papo.

A primeira atração do mês é a instalação intitulada “Índio Indígena NÃO é fantasia!”, que estará disponível a partir deste sábado (3). A exposição pretende conscientizar sobre a comercialização indiscriminada de indumentárias sagradas dos povos originários, como cocar, vestimentas, pinturas e grafismos, que são utilizadas de forma caricaturizada por pessoas não-indígenas no Carnaval, reforçando estereótipos racistas.

Para combater essas visões homogêneas e promover a valorização da cultura indígena, o MCI exibe flâmulas decoradas com frases de combate ao racismo, ao apagamento de tradições e à hipersexualização, além de fazer apelos ao respeito ao sagrado.

No dia 8 de fevereiro, será realizado o Encontro com educadores: temáticas indígenas na educação, voltado para docentes do ensino fundamental e médio. Os participantes terão a oportunidade de aprender sobre a história e a cultura indígenas nas escolas, com a presença dos Mestres dos Saberes, indígenas do programa educativo do MCI.

A literatura indígena também será celebrada durante o mês. No dia 17, o autor Luã Apyká apresentará sua obra “Mandí Reko – o conto de Mandi” no Programa de contação de histórias do MCI. Além disso, o autor irá compartilhar o processo de criação e recontar o conto para o público.

Outro lançamento literário que ocorrerá em fevereiro é o livro “Onimangá – brincadeiras indígenas Guaranis”, de Thiago Nhandewa, que será lançado no dia 24. A obra traz diversas brincadeiras da cultura brasileira, como peteca e pular corda, sob a perspectiva das vivências espirituais, crenças e cultura indígena Guarani. O livro conta com ilustrações de Jonas Estevam Malakuiawa-Maragua.

No dia 29 de fevereiro, o MCI encerra a programação mensal com o Cineclube TAVA, exibindo o documentário “Daritizé, aprendiz de curador”, de Divino Tserewahú. O filme acompanha a gravação do cerimonial do Wai´á, em que jovens são iniciados ao mundo espiritual para desenvolver o poder de cura. Essas filmagens foram feitas na Aldeia Nova na Terra Indígena São Marcos, território do povo Xavante. Após a exibição, o público terá a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura e a tradição do povo Xavante com Tserenhõ’õ Tseredzawê, Mestre dos Saberes do MCI.

Confira a programação completa das atividades no site do Museu das Culturas Indígenas. A participação nas atividades é gratuita, mas é necessário fazer inscrição prévia. O MCI busca promover a valorização e o respeito pela cultura indígena, combatendo estereótipos e difundindo conhecimentos sobre esses povos tão importantes para a história e a identidade do Brasil.

Fonte: Guia Região dos Lagos

Ajude-nos e avalie esta notícia.

Use os botões abaixo para compartilhar este conteúdo:

Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp
[wilcity_before_footer_shortcode]